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O que falta para sermos cidades da inovação

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A instabilidade do atual cenário econômico brasileiro impõe às empresas que sustentem altos índices de crescimento e capacidade de constante adaptação a mudanças. Nessas condições, regiões destacadas como empreendedoras necessitam mirar em investimentos e gestão para permanecerem em um patamar da excelência.

Florianópolis vivencia esse momento. A cidade considerada a capital mais empreendedora do País em 2014, em estudo divulgado pela Endeavor, organização internacional de apoio ao empreendedorismo inovador, tem importantes desafios a transpor para sustentar uma posição de destaque no segmento de tecnologia e inovação.

Alguns desses desafios parecem elementares. Abrir uma empresa em Florianópolis leva em média três meses, dias a menos do que a média nacional (107 dias), que coloca o Brasil em 123o lugar no ranking Doing Business (Banco Mundial, 2014) entre 189 países. Depois da espera, os empreendedores ainda enfrentam dificuldades em Florianópolis para a liberação de alvarás, fato que já levou negócios em ascensão no setor de TI a deixarem a cidade em 2015.

Os gargalos de mobilidade urbana e transporte público são outro problema conhecido. Enfim, a realidade destoa muito do retorno que a cidade recebe do setor que mais arrecada em Imposto Sobre Serviços (ISS). Foram R$ 74 milhões em 2014. Além disso, a indústria da tecnologia não polui, é sustentável e estimula uma nova geração de negócios voltados ao conhecimento. São motivos de sobra para o poder público lançar um olhar atento sobre esse ecossistema inovador.

Entre as empresas, universidades e entidades associativas na capital catarinense, é recorrente a discussão de questões que podem frear o desenvolvimento na área. Um desses encontros de discussão será a 9a edição do Meetup StartupSC, promovida pelo Sebrae-SC e Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE) em 8 de julho, no CIA ACATE.

Além das questões pontuais, os painelistas do evento devem trazer à tona a importância de uma política de inovação estabelecida por lei, que deve estar em consonância com o planejamento de longo prazo estabelecido para a cidade. A Lei de Inovação é a questão. Ela foi aprovada e sancionada em 2012 em Florianópolis, prevendo a criação do Fundo Municipal de Inovação, mas ainda não saiu do papel. A iniciativa permitiria ao setor reinvestir parte dos recursos por ele mesmo arrecadados com ISS em ações para atrair novos investimentos e ampliar a formação de mão de obra especializada na capital catarinense.

Esse tipo de mecanismo é o que o setor tecnológico vislumbra para, além da iniciativa empreendedora, tornar Florianópolis referência em ambiente regulatório de incentivo à tecnologia.

Guilherme Bernard, presidente da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia.

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