A MeSeems, empresa de pesquisa web-mobile, realizou pesquisa com 1.650 pessoas das regiões Nordeste, Sudeste e Sul, com o objetivo de avaliar expectativas, receios e hábitos de consumo em tempos de crise e a possibilidade de mudanças de comportamento em função dessas variáveis.
De acordo com a pesquisa – a análise do comportamento de consumo diante de um cenário econômico ruim -, 40% dos respondentes afirmaram que continuam consumindo os mesmos produtos e serviços, 30% apenas produtos/serviços similares e mais baratos, 17% não alteraram seus hábitos de consumo e somente 13% deixaram de consumir a maioria dos produtos/serviços.
Em relação à prioridade de consumo no atual momento de vida, os entrevistados avaliaram algumas atividades de 1 a 5, onde 1 significa prioridade de consumo muito alta e 5 prioridade de consumo muito baixa. De acordo com os resultados, foi feito um cálculo de média ponderada, onde resultados abaixo de 50% são considerados baixa prioridade, de 51% a 75% prioridade média e mais que 75%, alta prioridade.
Segundo a avaliação, 86% dos respondentes consideram compras de mantimentos no supermercado alta prioridade, seguido de medicamentos na farmácia, com 75%. Já o consumo de roupas/calçados (62%) e artigos de beleza (56%) tem uma relevância média, seguido de ir ao bar com amigos (53%), frequentar cinema ou teatro (52%) e viagens de lazer (51%). São consideradas prioridades baixas: compra de imóveis novos ou seminovos para morar ou investir (45%) e a compra de veículos novos ou seminovos (38%).
A pesquisa também detectou a diminuição de frequência na maior parte de atividades propostas, em relação aos últimos dois anos:
– Frequentar cinema ou teatro: 45% diminuíram a frequência, 39% mantiveram e 16% aumentaram.
– Ir ao bar com amigos: 46% diminuíram a frequência, 36% mantiveram e 17% aumentaram.
– Comprar roupas/calçados: 34% diminuíram a frequência, 47% mantiveram e 19% aumentaram.
– Comprar imóveis novos ou seminovos para morar ou investir: 60% diminuíram a frequência, 34% mantiveram e 6% aumentaram.
– Comprar carro novo ou seminovo: 63% diminuíram a frequência, 31% mantiveram e 6% aumentaram.
As expectativas com o cenário econômico brasileiro são pessimistas no curto prazo. 35% dos entrevistados estão pessimistas, 30% muito pessimista, 18% indiferente, 13% otimista e apenas 4% muito otimista. Já no longo prazo, 28% disseram estar otimistas, 23% indiferentes, 22% pessimistas, 18% muito pessimista e 8% muito otimista. Os homens estão mais otimistas no longo prazo que as mulheres, com 30%, ante 26% do público feminino.
A pesquisa foi realizada entre 12 e 15 de junho. O público alvo para este estudo é composto de homens e mulheres, de idades entre 18 e 40 anos, das regiões Nordeste, Sudeste e Sul. Os usuários fazem parte das classes sociais A, B e C, segundo o Critério Brasil 2015.