O primeiro dispositivo IoT foi uma torradeira que podia ser ligada e desligada através da internet. Ela foi apresentada na INTEROP '89 Conference – pelos seus criadores Simon Hackett e John Romkey, e foi o destaque do encontro. No ano seguinte foi agregado mais um dispositivo ao processo: o pão que no ano anterior havia sido colocado manualmente na torradeira, foi colocado por um pequeno guindaste robótico. Esse guindaste, controlado pela internet, pegou a fatia de pão e a colocou na torradeira, tornando assim o sistema totalmente automatizado de ponta a ponta.
De lá pra cá muita coisa surgiu – casas inteligentes que fazem luzes acenderem, veículos sem condutores, controle de tráfego e até informações da lavoura (através de sensores) para otimizar o uso de recursos naturais. E ao olharmos para o futuro, indo além do cotidiano pessoal ou do estilo de vida; a tecnologia possibilitará o gerenciamento do uso de energia, a logística de produção e venda, o monitoramento ambiental e dos sistemas de saúde… tudo o que possibilitará o surgimento das chamadas "cidades inteligentes" (smart cities).
As possibilidades são infinitas. Segundo Michael Porter "a disseminação e o uso massivo de Internet das Coisas irá transformar a economia e o dia a dia da população de maneira tão ou mais impactante do que robótica avançada, tecnologias Cloud, e até mesmo do que a internet móvel."
Mas se por um lado toda essa evolução trouxe crescimento, também trouxe o ônus. Muitas organizações já identificaram, no mínimo, um ataque com base em IoT nos últimos três anos. Para se protegerem de ataques, o Gartner prevê que o gasto mundial em segurança de IoT chegará à US$ 1,5 bilhão em 2018, ou seja, um aumento de 28% em relação ao volume de US$ 1,2 bilhão em 2017.
Ao considerarmos o futuro de possibilidades e evolução, é preciso estar ciente de que existem os desafios e estarmos preparados para eles.
Márcia Garcia, gerente de projetos da Arcon.