Metade das empresas "barram" diversidade na hora de contratar, aponta estudo

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Muito se tem falado sobre a importância da diversidade de colaboradores no ambiente de trabalho. Há empresas que montam comitês, criam programas de gestão específicos para o tema e até utilizam seus canais de comunicação e marketing para divulgar suas iniciativas voltadas à valorização de grupos sub-representados no mercado de trabalho.

Contudo, de acordo com um estudo da Future Minds Consultoria, 49,5% das organizações ainda criam obstáculos e eliminam candidatos em razão de gênero, faixa etária, situação social, religião, etnia, entre outros aspectos. A pesquisa foi realizada entre maio e junho deste ano com 200 profissionais ligados à área de Recursos Humanos, que trabalham em companhias de diferentes setores em todo País e pertencem ao mais tradicional grupo de RH do LinkedIN, o RH Que Inspira.

Mais de 70% dos entrevistados desconheciam a existência de uma ferramenta para impedir o chamado 'viés inconsciente' do recrutador no seu local de trabalho. Foram constatadas, por exemplo, a exigência dos futuros empregadores de só permitir que o RH selecione candidatos com formação em 'faculdades de primeira linha' ou que tenham realizado intercâmbio.

Segundo Lilian Cidreira, CEO da Future Minds Consultoria, apesar de as discussões sobre diversidade e inclusão estarem ganhando força no mundo corporativo, esse cenário só virará realidade quando houver uma mudança de cultura em toda a organização. "Quanto mais as empresas promoverem a diversidade, maior será a divergência de pensamentos e modelos mentais e, consequentemente, mais oportunidades de inovação", afirma Lilian.

Para Tiago Machado, especialista em inteligência artificial aplicada ao recrutamento e à gestão das pessoas, a tecnologia é um dos caminhos para derrubar barreiras, conscientes ou não, buscando uma seleção não subjetiva. "Como num teste cego de qualidade de um produto, o uso de algoritmos para avaliação de currículos garante um processo justo e democrático, já que o sistema ignora critérios como renda, gênero, raça e outros conceitos pré-determinados", explica Machado.

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