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Panorama sobre open innovation na América Latina – fortalecimento dos ecossistemas

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A América Latina é uma região com 650 milhões de pessoas – o dobro dos EUA – e US$ 6 trilhões de PIB. O grande número de consumidores em potencial, combinado com os altos índices de uso do celular e horas gastas na internet, superando até mesmo os números da China ou da Índia, tornam a região uma das mais ativas digitalmente do mundo, abrindo oportunidades para startups. 

Apesar de ser um mercado emergente, com dificuldades e complexidades próprias, em 2021, as startups latino-americanas captaram investimentos da ordem de US$ 15,3 bilhões, de acordo com a Associação para Investimentos de Capital Privado na América Latina, ou Lavca – mais que o triplo do recorde anterior, de US$ 4,9 bilhões, em 2019. No mesmo ano, surgiram 18 unicórnios na América Latina, quase todos startups que exploram negócios digitais, com destaque para países como Brasil, Argentina, México e Colômbia. 

Existe uma corrida global em que a inovação passou a ser, cada vez mais, um produto de ecossistema – e a América Latina também está de olho nessa oportunidade. A inovação sempre teve essa natureza, mas, de certa forma, houve um esforço organizacional das empresas de concentrá-la em seus centros de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento). Em paralelo, tínhamos os fundos de Venture Capital (VC) apostando em tecnologias que pudessem gerar startups. Saímos do paradigma da inovação vinda de investimentos em P&D e de VC para aquela construída em ecossistemas. 

Temos, hoje, startups servindo de fonte de inovação para plataformas geridas por grandes empresas. Essas plataformas tinham o nome de programas de open innovation. Hoje, entende-se que não estamos falando somente de um processo de inovação que começa pela ideação até chegar a um produto inovador no mercado, mas, sim, da gestão de ecossistemas, que permite que isso seja sistematizado. Há grandes referências que mostram a importância disso, como a Apple e sua App Store, e o Google, com seu Google Play – empresas que fizeram de seu principal negócio uma plataforma de inovadores. 

A Argentina produziu as primeiras grandes empresas na época do boom da internet. Depois, o Brasil emergiu e entrou bem na onda do mobile e das fintechs – nesta última, temos grande destaque, inclusive internacional. Os recursos de VC começaram a ficar mais volumosos nos últimos anos e surgiram muitas dessas startups já com o perfil de unicórnio.  

Temos mais de 40 unicórnios na América Latina, principalmente no Brasil, México, Argentina, Colômbia, Chile e, agora, também no Peru. Esses países já estão fazendo um trabalho interessante de ecossistema, com uma densidade de startups que chama a atenção. O que observamos, dentro deste cenário LatAm, é que a região é vista sob a ótica das VCs, como “três Américas Latinas”: México, mais perto dos Estados Unidos, a América do Sul Hispânica e o Brasil.  

O Brasil pegou essa onda de Transformação Digital e coordenou muito bem as plataformas de conexão de startups com potencial digital, antes mesmo da (ou junto com a) onda de Venture Capital. Geramos muitas startups que populam o ecossistema, orientando-as nessa relação inicial com corporações. Esse processo de inovação com startups se espalhou no mundo todo e na América Latina, com grande destaque para o Brasil. 

A open innovation na América Latina está aquecida. Vemos um interesse cada vez maior dos outros países, ainda com menos intensidade que no Brasil, mas é um movimento em ritmo acelerado. Inclusive já temos um ranking de open startups na Colômbia, com uma densidade grande de empresas se abrindo para a inovação. Assim, a região começa a se interconectar, com cada vez mais programas de inovação aberta e open startups, buscando novos mercados e aberta para a inovação. 

Bruno Rondani, fundador e CEO da 100 Open Startups. 

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