Uma semana depois de o governo da China ter legalizado as redes de transporte partilhado, o Uber anunciou nesta segunda-feira, 1°, que suas operações naquele país serão absorvidas pelo concorrente local Didi Chuxing, o que põe fim a competição renhida entre as empresas. Conforme os termos do acordo, a companhia norte-americana terá uma participação de 17,7% na nova empresa e se tornará o maior acionista da companhia chinesa. O acordo estabelece ainda que a Didi invista cerca de US$ 1 bilhão no Uber China.
A nova empresa, que está avaliada em cerca de US$ 35 bilhões, vai combinar a Didi, que tem valor de mercado de US$ 28 bilhões, com o Uber China, avaliado em US$ 7 bilhões.
No início do ano, o Uber anunciou que suas operações na China provocavam perdas de US$ 1 bilhão ao ano. Analistas calculam que os prejuízos da Didi eram equivalentes. O Uber China gastou mais de US$ 1 bilhão nos últimos três anos tentando ganhar força no mercado chinês, oferecendo subsídios para ambos: motoristas e passageiros.
O acordo, na verdade, marca um fim dos esforços do Uber para estabelecer uma posição independente na China, que começou em 2013 e foi considerado um caso raro de uma empresa de tecnologia norte-americana a fazer incursões no mercado local. Além de Apple, que tem lutado nos últimos tempos contra a desaceleração nas vendas na China, outras empresas têm disputado mercado com rivais chineses.
O acordo surge depois de o governo da China ter anunciado na semana passada as novas regulações que legalizam definitivamente as atividades do Uber, seu rival chinês Didi Chuxing e outras redes de transporte individual de passageiros via aplicativos. As novas diretrizes entrarão em vigor em novembro. Com agências de notícias internacionais.