O Instituto de Comprometimento Público e Ambiental de Beijing, que reúne ambientalistas na China, acusou a Apple de falta de critérios e fiscalização de seus fornecedores, que descartam poluentes e metais tóxicos próximo a vilarejos. A prática foi apontada como uma "ameaça à saúde pública de comunidades no país".
O instituto divulgou documento de 46 páginas no qual aponta dezenas de fornecedores da Apple suspeitos de tal prática, com base na visita de membros da organização a diversas fábricas no país.
A Apple afirmou, por meio de um porta-voz, que está verificando as informações contidas no relatório, mas garante que monitora com atenção sua cadeia de produção por meio de auditorias para verificar irregularidades. "A Apple está comprometida com os mais altos padrões de responsabilidade social em sua cadeia produtiva", afirmou Steven Dowling, ao New York Times.
Não é a primeira vez que a empresa é acusada de falta de critérios sobre sua cadeia produtiva. No ano passado, uma das maiores fornecedoras da empresa, a Foxconn, foi atingida por uma onda de suicídios de seus funcionários e investigada por condições desumanas de trabalho em Taiwan. Em maio, uma de suas unidades teve uma explosão, matando duas pessoas na cidade de Chengdu, no sudoeste da China. A Apple reconheceu que 137 trabalhadores em uma fábrica chinesa próxima à cidade de Suzhou foram feridos gravemente por um produto químico tóxico durante o processo de gravação da assinatura da marca no iPhone.
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