Fora da caixa

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O tema de software-defined data centers vem surgindo cada vez mais em conversas que mantenho com clientes e amigos da área de tecnologia da informação. Há um misto de curiosidade e dúvida sobre o que isso realmente significa em termos de inovação e, mais importante, o que representa em benefícios para as empresas.

Respondo nesses casos que o conceito de software-defined data centers desafia-os a pensarem fora da caixa. Literalmente. A novidade surge como meio de transformar os data centers em centros de serviços de TI focados no aumento da produtividade das empresas. No entanto, muitas vezes o conceito tem sido considerado uma evolução da virtualização de servidores, migrando agora para uma virtualização do data center.

O esforço para compreender o novo termo de forma precisa e evolutiva torna-se cada vez mais importante. De acordo com estudo global realizado pela consultoria MarketsandMarkets, o montante movimentado pelo mercado de software-defined data center deve saltar de US$ 396,1 milhões, em 2013, para impressionantes US$ 5,41 bilhões em 2018.

Com tantos avanços nos recursos atrelados ao armazenamento e gerenciamento de dados, é tempo de CIOs e outros agentes do mercado de TI começarem a se dar conta de que as ferramentas de storage vão além da caixa que armazena os dados de uma companhia com eficiência e segurança. O software-defined storage é, certamente, um dos pilares fundamentais de apoio ao crescimento dos software-defined data centers. Até 2020, o segmento de software-defined storage será o de maior crescimento no mercado de armazenamento de dados, segundo estimativa do IDC publicada em abril deste ano.

O modelo da arquitetura de software-defined storage prevê atender a uma série recursos do data center, como armazenamento, segurança, computação e rede como uma camada de software para liberar recursos das limitações de hardware e aumentar o nível de agilidade dos serviços.

Para cumprir a promessa de software-defined data center, a infraestrutura de armazenamento precisa atender a uma tríade: serviços de armazenamento virtualizados, opções de múltiplos hardwares e aplicações self-service.

Para o software-defined storage ser realmente dinâmico é preciso abstrair o acesso a dados e serviços de vários recursos de hardware, pois, liberando acesso a ele, ganhamos agilidade para prover armazenamento baseado em nível de serviço e não mais em atributos de configuração de hardware. 

Com múltiplas opções de equipamentos, novamente o importante não se torna o equipamento e a tecnologia proprietária por detrás, mas a padronização das capacidades de armazenamento no software de administração, o que resulta em simplicidade, aumento de escala e melhor desempenho.

O valor do software-defined storage está no poder entregue aos administradores de TI e times de desenvolvimento em acelerar a entrega de serviços de tecnologia. A eficiência é obtida na integração de serviços de armazenamento em interfaces de gerenciamento nas aplicações nativas e fornecendo APIs programáveis para personalizar aplicações de fluxo de trabalho, conforme necessidade.

Ao abstrair os serviços de dados do hardware de armazenamento, as empresas que pensam fora da caixa ganham imediatamente três benefícios: agilidade, simplicidade e eficiência. E qual companhia não precisa analisar e melhorar um desses itens de TI?

Marcos Café, gerente Geral da NetApp no Brasil.

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