A Vivo anunciou nesta segunda-feira, 1º no Brasil, seu Manifesto por um novo Pacto Digital, em que convoca a sociedade e o governo para discutir os impactos da tecnologia no dia a dia das pessoas. Em sua essência, a proposta da Vivo traz o duplo desafio de aproveitar as novas oportunidades oferecidas pela digitalização em favor da sociedade e ao mesmo tempo, mitigar os novos riscos associados a ela. Esse mesmo tipo de iniciativa já foi feito pela Telefônica, na Espanha e na Colômbia.
“Estamos vivendo uma revolução digital que influencia a forma como as pessoas se relacionam e interagem, por isso a importância de discutirmos a conectividade para todos como um impulsionador central dessa transformação, aliada à necessidade de modernização de novas leis e regulamentação”, reforça Eduardo Navarro, presidente da Telefônica Brasil/Vivo.
Diante deste cenário, a Vivo entende a importância de definir um pacto que proteja os direitos do cidadão e garanta que os benefícios dessa nova era digital cheguem a todos. “Estamos comprometidos em construir o novo Brasil. Queremos ser protagonistas nesse movimento que vai transformar a vida das pessoas, ampliando o acesso dos brasileiros à educação e ao mundo digital, com maior confiança e sustentabilidade”, finaliza Navarro.
Ele explica que o manifesto nesse momento tem o objetivo de fomentar a discussão nos mais âmbito da sociedade, inclusive estão conversando com outras operadoras, e entidades como Brasscom e Sinditelebrasil.
Navarro disse que no aspecto da educação, temos de preparar o novo profissional e retreinar os atuais, para atender as demandas das tecnologias que vão promover a transformação do mercado de trabalho nos próximos 10 anos. Nesse sentido as entidades propõe a criação da Confederação Nacional de TIC – Conatic, nos mesmos moldes da CNI, e com isso reverter as contribuições sociais para formação de profissionais de TIC, como faz o Senai, por exemplo. Os estatutos já estão prontos e em análise pelos órgãos regulatórios.
“A Vivo defende que, em colaboração com outros agentes sociais, os agentes públicos mobilizem as mudanças necessárias na educação e preparação da sociedade para a transição do trabalho e empregabilidade, garantindo direitos do cidadão em uma era de grandes transformações”, enfatiza.
O Manifesto por um Novo Pacto Digital considera cinco princípios: Digitalização; Inclusão Digital; Educação; Segurança & Privacidade; e Modernização de Leis & Políticas Públicas:
Digitalização e Inclusão Digital
Digitalização, no sentido de conectividade, é o pontapé inicial para ampliar a inclusão digital. Mais da metade da população mundial ainda não está conectada e para haver uma mudança significativa neste cenário, a implantação da banda larga deve ser prioridade para as administrações públicas. A operadora defende ainda redes de acesso inovadoras e sustentáveis, com modelos de negócios novos e colaborativos e melhores serviços públicos digitais.
Segurança & Privacidade
Confiança e transparência são pontos importantes para impulsionar mudanças sociais positivas em áreas como saúde, educação, transporte e outros. Para isso, é essencial que os usuários tenham conhecimento e controle sobre seus dados e possam decidir como e quando serão utilizados. A empresa defende o uso responsável da inteligência artificial e dos algoritmos, pautados em princípios éticos e que as plataformas globais tenham um comportamento responsável para garantir uma digitalização mais sustentável. Estas mudanças devem estar acompanhadas de políticas públicas eficientes que garantam a privacidade dos dados e reestabeleçam a confiança digital, defende a empresa.
Modernização de Leis & Políticas Públicas
A modernização de leis e políticas públicas é fundamental para o completo desenvolvimento da sociedade na era digital. Leis, regulamentos e políticas públicas devem contribuir para impulsionar a inovação, o empreendedorismo e definitivamente, a inclusão digital. Tudo isso para garantir os direitos do cidadão na era digital.