Publicidade
Início Notícias Negócios CADE elabora nota técnica sobre impacto do Uber no transporte de passageiros

CADE elabora nota técnica sobre impacto do Uber no transporte de passageiros

0
Publicidade

O Departamento de Estudos Econômicos – DEE do Conselho Administrativo de Defesa Econômica – Cade elaborou nota técnica acerca do trabalho sobre a organização do setor de transporte individual de passageiros. A previsão é de que ele esteja pronto ainda em 2017.

O tema das análises é a expansão da economia de compartilhamento no mercado de transporte individual de passageiros a partir da entrada de novos ofertantes como a Uber. A exposição apresenta o atual estágio do mercado com uma breve descrição do mercado de táxis e o histórico da entrada da Uber no Brasil e discute algumas implicações regulatórias a respeito.

De acordo com o DEE, a economia de compartilhamento traz benefícios tanto para os consumidores quanto para os ofertantes. Os primeiros são beneficiados porque conseguem usufruir de determinados bens de maneira temporária – sem a necessidade de adquirir o veículo, mas apenas utilizando-o de maneira transitória –, com maior variedade de opções de consumo e com preços geralmente mais baixos. Já os ofertantes conseguem ter um acesso mais fácil e eficiente ao mercado consumidor e, ainda, reduzir significativamente a ociosidade de seus bens.

O desenvolvimento de novas tecnologias propicia a redução de falhas de mercado, por exemplo, das informações assimétricas, visto que os consumidores passarão a ter acesso às informações relacionadas a corrida, tais como: a previsão do preço, o percurso sugerido, o tempo de corrida, a avaliação do motorista e o tipo e modelo do veículo.

Os próximos passos do estudo irão analisar tais variáveis utilizando técnicas econométricas para mensurar a pressão competitiva da Uber sobre o mercado de táxis.

Aumento da competição

Além dos benefícios citados, a expansão da economia de compartilhamento pode gerar aumento da competição, podendo provocar redução de receita para os tradicionais setores da economia. A Uber, por exemplo, teria criado um novo mercado, atingindo consumidores que sequer usavam táxis, ao conseguir prestar um serviço mais eficiente a preços mais baixos.

A nota técnica do DEE vai além e defende que a Uber não apenas criou uma nova demanda, mas também está rivalizando e conquistando passageiros dos próprios aplicativos de táxi, como 99Taxi e EasyTaxi.

O estudo conduzido pelo Departamento é importante para tirar conclusões mais precisas sobre os impactos concorrenciais de aplicativos de transporte (em especial a Uber) sobre o mercado de táxi brasileiro.

Sobre o mercado de táxi no Brasil, o DEE levou em conta aspectos como a regulação demasiadamente rígida do setor, o que geraria elevados custos sociais e inviabilizaria a possibilidade de descontos em corridas, por exemplo, tornando mais difícil a concorrência com os novos aplicativos de economia compartilhada.

Sobre este aspecto, a nota técnica cita que o número de novas licenças de táxi não costuma acompanhar o crescimento das cidades. No Distrito Federal, por exemplo, o número de licenças não cresce desde 1979, embora a população da cidade cresceu em mais de 142% no período compreendido entre 1980 e 2015.

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.

Sair da versão mobile