HP Enterprise aposta em nuvem aberta para transformação digital das empresas

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A HP Enterprise (HPE) em seu primeiro evento mundial, o Discover 2015, após a separação (spinoff) do negócio de computadores pessoais e impressoras da unidade de hardware e serviços corporativos, revelou que sua estratégia para o mercado de infraestrutura para nuvens híbridas está baseada numa plataforma aberta, compartilhada, própria para atender os desafios da transformação digital das empresas e da nova economia.

Meg Whitman, CEO da HPE, normalmente a principal estrela do evento estava afônica, e delegou aos executivos da empresa que comandassem a seção de abertura do evento nesta terça-feira, 1º, em Londres, Inglaterra, no qual foi apresentada a nova proposta para configuração de data centers, batizada de "Composable Infraestructure".

Para atender aos requisitos dessa arquitetura, a empresa revelou os detalhes da tecnologia HPE Synergy, composta por uma série de novas características técnicas, como o uso de APIs (interfaces de programação de aplicativos) corporativas de diversos parceiros, uso de software "defined of intelligence", com templates predefinidos para execução de funções de trabalho, além de um conjunto de recursos integrados, como virtualização, segurança e governança de dados.

Meg Whitman, no entanto, relatou o desafio da separação dos negócios da HP, uma companhia com uma história de 75 anos, com 4 mil servidores, 400 mil caixas postais espalhadas por 170 países. "Esse processo de separação complexo criou novas práticas, um aprendizado que pretendemos até oferecer ao mercado." "Com isso, tornamos mais flexíveis os requerimentos para instalação de hardware, software e de serviços, necessários para navegar em novos modelos de negócios, um novo estilo de tecnologia, mais flexível, onde o participante é ao mesmo tempo passageiro e motorista dessa nova jornada", completou.

No evento, também foi reforçada extensão do acordo de parceria com a Microsoft, através de uma videoconferência direta de Seattle, nos EUA, onde Satya Nadella, CEO da empresa, enfatizou a importância da plataforma SQL-Windows 10 para a construção de uma nuvem híbrida aos clientes.

Essa nova etapa, envolve um conjunto recursos colocado à disposição do mercado, envolvendo consultoria, implantação, treinamento e suporte técnico.

Plataforma de negócios

A plataforma Synergy vem sendo construída ao longo dos três últimos anos para, segundo a empresa, oferecer não só recursos de tecnologia, mas também "inteligência de negócios", em que as soluções definidas por software e API unificadas permitem que o cliente construa uma nuvem híbrida, com a infraestrutura necessária, de acordo com a estratégia e velocidade da empresa.

"Com a proposta de ser orientada às APIs de mercado, a nova arquitetura Synergy, traz uma grande economia como, por exemplo, na configuração da nuvem, que no modelo tradicional exige 50 diferentes scripts, mais de mil linhas de código e 50 horas de trabalho. Com uso de APIs, o tempo se reduz para minutos", afirma Paul Miller, vice-presidente de marketing de Converged Data Center Infraestructure.

Esse enfoque resolve problemas de empresas que executam uma carga de trabalho tradicional no data center, ao mesmo tempo em que tentam implantar soluções emergentes, que geralmente não são bem-sucedidas, resultando em desperdícios e custos adicionais, sem oferecer flexibilidade que a infraestrutura híbrida pode resolver.

Segundo dados de uma pesquisa divulgada no evento, diversos setores usam mais nuvens privadas do que nuvens públicas. Na indústria, a adoção de nuvem privada é de 77% contra 33% de pública; em telecomunicações, o índice é 67% contra 33%; no varejo, 73% contra 27%; no setor de seguros, a proporção é de 81% conta 19%; em saúde, 72% versus 28%; e governo, 78% contra 22%.

Para Miller, as aplicações e soluções orientadas a dados vão transformar a sociedade e a concorrência entre as empresas, motivo pelo qual a HPE se propõe a ampliar o mix para construção da nuvem, trabalhando inclusive como um Broker Advisory Services para fazer o gerenciamento financeiro, captura e satisfação da demanda de negócio, com benefícios de custos, agilidade, controle e flexibilidade.

*O jornalista viajou a Londres a convite da empresa.

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