Vendas globais de tablets devem registrar queda superior a 8% neste ano, aponta estudo

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As remessas globais de tablets devem cair 8,1% neste ano na comparação com 2014, sendo que as vendas dos chamados tablets 2-em-1, híbridos de notebook e tablet, com teclado destacável, ainda não foram suficientes para compensar a queda no mercado mundial, de acordo com dados de um estudo da IDC. Segundo a consultoria, os embarques atingiram 211,3 milhões de tablets neste ano, mas registraram queda em três trimestres consecutivos.

O recuo representa uma desaceleração notável, inclusive em relação à previsão anterior da IDC, que era de queda de 3,8% neste ano. O estudo mostra que a trajetória geral do mercado de tablets não se alterou significativamente em relação há um ano e meio, ainda que os aparelhos 2-em-1 estejam começando a ganhar força (veja tabela abaixo). A consultoria estima que os tablets 2-em-1 crescerão 86,5% neste ano, totalizando 14,7 milhões de unidades vendidas. Embora este volume seja muito inferior ao do segmento tablets tradicionais, mais acessíveis, a IDC acredita que esses dispositivos terão um forte apelo entre os usuários profissionais, que procuram uma alternativa para os tablets tradicionais, com telas menores.

Tabela_previsao

"No passado, os maiores desafios dos tablets 2-em-1 foram os altos preços, designs pouco atraentes e a baixa demanda para o Windows 8, que era o sistema operacional predominante na maioria dos dispositivos à venda no mercado", diz Ryan Reith, diretor de programas da IDC. "Com mais fornecedores OEM oferecendo dispositivos nesse segmento, os preços tendem a cair de forma significativa. Nós estimamos que mais de 40 fornecedores diferentes comercializaram produtos 2-em-1 no segundo trimestre deste ano, o que representa um aumento de 14 fornecedores em relação há dois anos. Com o lançamento do Windows 10, a introdução de mais produtos baseados no Android e a possibilidade de a Apple lançar um iPad maior, com tela destacável, devem impulsionar ainda mais as vendas desses dispositivos."

Os usuários têm sido relutantes a migrar para tablets híbridos, e a IDC acredita que isto se deve, em grande parte, a falta de percepção de uma proposta de valor clara. Mas a consultoria avalia que os fornecedores de tablets 2-em-1 devem encontrar oportunidades dentro do mercado comercial (veja gráfico abaixo).

Grafico_previsao

"Segmentos comerciais desempenharão um papel crucial no futuro dos dispositivos 2-em-", avalia Jean Philippe Bouchard, diretor de pesquisa sobre tablets da IDC. "Vai levar algum tempo, mas acreditamos que uma vez que os departamentos de TI adotem o Windows 10 e avaliem o tão aguardado Android , eles começarão a substituir alguns PCs e tablet tradicionais por dispositivos 2-em-1."

Até agora, segundo a IDC, esta categoria de tablet foi o liderada pela Microsoft com sua linha Surface. Mas, com a chegada do iPad Pro e a consolidação do Windows 10, que é mais adequado para tablets 2-em-1, bem como com a introdução do chip Skylake da Intel, espera-se que uma enxurrada de novos dispositivos chegue ao mercado neste mês e no início do próximo ano.

Outro fator que deve contribuir para impulsionar os equipamentos 2-em-2 é a queda no preço médio de venda dos tablets tradicionais, que, segundo prevê a IDC, devem a cair abaixo de US$ 300, dado também ao grande número de modelos de baixo custo baseados no Android.

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