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Gartner enfatiza que empresas devem adotar técnicas de gerenciamento da era digital

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O instituto de pesquisas  Gartner divulgou recomendações oriundas das empresas 100% digitais, criadas após 1995,  que mudaram a ciência de gerenciamento até então considerada moderna, focada na fabricação em massa e na indústria automotiva. Para o Gartner, atualmente, o epicentro são as empresas de tecnologia e de origem digital, ou seja, aquelas cujos modelos operacionais e capacidades têm como competência central a exploração de informação da era da Internet e as tecnologias digitais.

“O pensamento de liderança superior, os padrões de raciocínio e as competências aplicadas estão começando a serem os diferenciais. No entanto, as organizações convencionais são, com frequência, resistentes à ideia de que podem reproduzir alguns desses conceitos em suas próprias empresas”, afirma Mark Raskino, vice-presidente de Pesquisas e Fellow do Gartner.

Pensamentos como “são startups, então podem operar de forma diferente” ou “são empresas pequenas, que trabalham com o efêmero” ou “todas têm sede nos EUA” já não são mais uma justificativa. A Amazon, por exemplo, já opera há 20 anos, a Google tem 60.000 funcionários, a Tesla Motors fabrica carros e há empresas digitais internacionais, como a Alibaba Group, com sede na China.

“É isso o que está definindo o cenário da ciência de gerenciamento moderna e o sucesso estratégico de forma geral. As técnicas que eles criaram são muito poderosas e devem ser copiadas. Não é um bicho de sete cabeças, é liderar a transformação e pensar de forma diferente”, explica o vice-presidente.

Segundo o Gartner, as empresas convencionais podem replicar determinados aspectos das companhias de origem digital, particularmente em três áreas principais: Negócios, Gerenciamento de Risco e Recursos.

Foco em negócios

A missão é importante – Companhias de origem digital articulam declarações de missão específicas e assertivas que dizem “isso é o que nós, como empresa, estamos aqui para fazer”. Essa afirmação os orienta. A missão da Uber é “tornar o transporte tão confiável como água corrente, em qualquer lugar, para qualquer um”. A Uber reconhece a ideia de que, no século XXI, deveria ser fácil conseguir um táxi, e esse é um princípio de organização fundamental da companhia. “Todos nessa empresa sabem para onde estão indo”, afirma Raskino.

Experiências com modelos de negócios –  Quando falamos de modelos de negócios, as empresas de origem digital exploram e testam ideias. Elas podem experimentar alguns tipos e acabar com uma mistura. O LinkedIn tem três formas: Soluções de Talentos, Inscrições Premium e Soluções de Marketing. A companhia trata os modelos de negócios de maneira fluida e “se coloca no eixo” para encontrar e refinar padrões. Se o experimento falhar, eles tentaram algo diferente.

Centralização no usuário –  As empresas de origem digital concentram-se nos usuários e em tornar a experiência perfeita para eles, com a filosofia de que, se eles fizerem o produto perfeito para os clientes, o dinheiro fluirá. O foco incessante no usuário final parece ter sucesso no mundo digital bem-sucedido.

Gestão de Risco

Risco relativo –  As companhias convencionais ainda tomam decisões baseadas no instinto, já as empresas de origem digital utilizam todas as ferramentas e dados existentes para guiar as decisões. Essas organizações irão comparar a ação de risco à ameaça de inércia, caso outra companhia experimente a ideia.

Investimento em portfólio –  Nos negócios tradicionais, a maioria dos projetos deve ter sucesso – e os departamentos de TI estão bloqueados dentro dessa mentalidade. As empresas de origem digital gerenciam o portfólio de forma diferente. Por exemplo, elas esperam que dois em cada 10 projetos tenham sucesso e oito falhem.

Orientação por dados –  As empresas de origem digital tomam decisões com base em dados. Isso significa que elas são implacáveis em relação aos testes A/B, tentando tudo o que é possível, e decidem sobre métricas antes de criar. Nessas companhias, “os dados decidirão”.

Recursos

A máquina em primeiro lugar –  Quando as empresas de origem digital se expandem, elas tentam não incluir tanta burocracia. Elas buscam comprar ou criar um software a fim de evitar a desaceleração gerada por excesso de pessoal. Não é questão de ser antagonista com relação às pessoas, mas sim de manter a velocidade e a agilidade. A quantidade de funcionários não reflete mais o sucesso de uma companhia. Por exemplo, o SnapChat tem somente 330 funcionários e o Pinterest, apenas 600.

Lealdade aos Geeks-  As companhias digitais honram e respeitam a equipe técnica e de TI. Esses profissionais são incluídos em conversas importantes e podem levar ao CEO ideias sobre tecnologia emergente, como blockchain (um tipo de sistema de contabilidade distribuído em que as transações de troca de valores em bitcoin ou outro token são sequencialmente agrupadas em blocos).

Talento extremo –  As empresas de origem digital entendem que equipes menores e com mais qualidade proporcionam maior desempenho e que a diversidade cognitiva aumenta a criatividade. Elas preferem investir muito dinheiro em poucas pessoas do que uma quantia mediana em um time muito grande.

Aquisições pequenas –  As companhias de origem digital se sentem tranquilas em trabalhar com empresas menores porque estão tentando encontrar produtos ou serviços exclusivos para diferenciá-las. Se o digital é importante para o cliente final, é necessário encontrar algo diferente e especial para oferecer. Frequentemente, são as pequenas empresas que viabilizam essa diferenciação e podem ser adquiridas com mais facilidade e menor custo em comparação a grandes fusões com organizações que não fornecem nenhuma inovação.

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