A Crivo, fornecedora brasileira de software para análise de crédito e risco, encerrou 2008 com um crescimento no faturamento de cerca de 100%, que totalizou R$ 13,5 milhões, ante os R$ 7,2 milhões registrados em 2007. Ao contrário do que ocorre com outras empresas no mercado, com a crise, a empresa ganhou impulso, à medida que a necessidade de gerenciamento de riscos na concessão de crédito aumentou.
O crescimento da receita foi resultado também do aumento da carteira de clientes, em 44%, com a conquista de 39 clientes corporativos, entre eles a Royal & SunAlliance, Localiza, Tecnisa, Scania, Banco Safra, Moto Honda e Zurich Seguros. Hoje, a carteira total da Crivo conta com 115 clientes.
"Com a má experiência norte-americana no subprime e com a escassez de liquidez no país, os bancos não querem conceder crédito com alto risco e passaram a investir em sistemas automatizados de análise de crédito e risco", explicou Rodrigo Del Claro, diretor de relacionamento da Crivo, ressaltando que boa parte da receita da companhia é proveniente dos contratos com bancos e financeira.
No ano passado esse segmento respondeu por 42% do faturamento total da empresa. Em seguida, vieram as seguradoras, com uma participação de 27,5%, e as operadoras de telefonia celular, com 16,5%. Já o varejo, a indústria e as empresas de consórcios tiveram uma representatividade menor.
Para este ano, a Crivo planeja aumentar sua participação no mercado varejista que, segundo projeções, deve responder por 10% da receita prevista. Além disso, ela deve marcar a sua entrada no segmento de pequenas e médias empresas (PMEs), por meio de parceiros de negócios. "Esse segmento gera volumes menores de operações, por isso a busca pelas alianças estratégicas. A idéia é que as PMEs usufruam da mesma tecnologia. Vamos contar com o conhecimento dos parceiros para ofertar um modelo mais customizado", detalha Del Claro.
- Balanço positivo