O mercado mundial de PCs deve sentir fortemente o impacto da desaceleração econômica mundial e experimentar neste ano o maior declínio em unidades vendidas da história, com uma queda de 11,9% em relação ao ano passado, totalizando 257 milhões de unidades vendidas, segundo estimativa do Gartner.
Até então, a pior redução no volume de vendas havia sido em 2001, quando a indústria embarcou 3,2% a menos de PCs. "A indústria de PCs enfrentará condições difíceis com o enfraquecimento da economia global, o que faz com que os usuários aumentem o tempo de troca dos seus computadores, deixando os fornecedores cada vez mais cautelosos", afirmou George Shiffler, diretor de pesquisa do Gartner.
De acordo com a consultoria, tanto os mercados dos países desenvolvidos quanto dos emergentes sofrerão com a retração da demanda, embora estes últimos devam apresentar um desempenho menos negativo, ou seja, um recuo de 10,4%, contra uma provável queda de 13% no volume de vendas de PCs nos países desenvolvidos.
Vale ressaltar que o pior desempenho do mercado de PCs em países emergentes havido sido em 2002, quando registrou crescimento de 11,1%. Já nos mercados considerados maduros, a maior queda ocorreu em 2001, com uma baixa de 7,8% do volume vendido.
As vendas mundiais de desktops deverão totalizar 101,4 milhões de unidades neste ano, declínio de 31,9% ante 2008. Na mesma comparação, os embarques de notebooks tendem a crescer 9%, fechando o ano em 155,6 milhões de unidades.
O destaque deve ficar para o mercado de mininotebooks, cujas estimativas de vendas são de 21 milhões de unidades neste ano, o que, se confirmado, representará aumento de 79,48% em relação às 11,7 milhões de unidades comercializadas no ano passado.
Segundo o Gartner, as vendas de mininotebooks serão responsáveis por atenuar o declínio do mercado mundial de PCs, apesar representarem apenas 8% do total vendido neste ano.
Com esse cenário, o Gartner aponta que tanto os fabricantes (OEMs) quanto os canais de distribuição terão de reagir rapidamente às mudanças do mercado, e uma das soluções apontadas o investimento nas cadeias de abastecimento.
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