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Facebook diz que missão de conectar pessoas é das teles e que modelo precisa ser sustentável

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Mark Zuckerberg , fundador e CEO do Facebook, foi mais uma vez simpático com a plateia do Mobile World Congress, que acontece esta semana em Barcelona. Zuckerberg, a exemplo do que aconteceu na sua primeira aparição no evento para falar pela primeira vez de seu projeto Internet.org, no ano passado, buscou agradar, dizendo logo de cara que quem estava fazendo o trabalho de conectar as pessoas não conectadas não era ele, e sim as teles.

Mas Zukerberg não soube (ou não quis) responder à provocação mais direta que recebeu da moderadora (e dos operadores de telecomunicações) no mesmo evento: se ele concorda com o princípio de “mesmos serviços, mesmas regras”, colocado por César Alierta, CEO da Telefônica, e endossado por todos os demais operadores em relação aos serviços de Internet. “Não sou nem operador nem regulador, e não sei realmente como endereçar essa questão. Acho que é um debate em andamento, e tenho certeza que vamos chegar a uma solução”.

Zuckerberg, que tem entre seus produtos o WhatsApp, plataforma que simplesmente transformou o mercado de SMS, reconheceu que os operadores de telecomunicações estão fazendo investimentos pesados em infraestrutura e que precisa haver um modelo de negócios sustentável para compensar esses investimentos. “Claro que precisa ser sustentável, estamos cientes disso e queremos que as operadoras tenham sucesso em seus negócios”, disse ele, sem, contudo, sacar o argumento de 10 entre 10 provedores de serviços OTT: “O que posso dizer é que Facebook impulsiona o tráfego de dados e o que as pessoas querem fazer é estar conectadas, e no fim elas vão pagar por isso”.

O projeto Internet.org prevê o tráfego gratuito a determinados conteúdos, como Facebook e buscas do Google, para pessoas que nunca tiveram conexão à Internet. O modelo, que não é considerado um modelo de tráfego patrocinado por não ter fins lucrativos (mas que se assemelha muito a modelos de tráfego patrocinado), tem dado resultados positivos para as operadoras que entraram na iniciativa. Segundo Christian

De Faria, CEO da Airtel, o conceito foi lançado em 14 mercados africanos pela operadora, com aumento da demanda por tráfego em todos eles e sem nenhum efeito colateral, como canibalização. Mario Zanotti, CEO da Millicom, relata o mesmo sucesso nos lançamentos feitos no Paraguai, Colômbia e Tanzânia. “Vimos a demanda por serviços de dados aumentar 30% em média. No caso da Colômbia, que já era um mercado razoavelmente atendido, o aumento foi de 50%”, disse Zanotti.

Zuckerberg também deixou claro que iniciativas de conectividade, como levar a Internet em balões, drones e outras formas que estão sendo experimentadas não só pelo Facebook, mas também por empresas como o Google, é apenas um exercício de possibilidades. 90% das pessoas que precisam entrar na Internet estão ao alcance de redes de telecomunicações tradicionais. “Quem vai fazer esse trabalho são as operadoras, elas vêm fazendo isso há décadas e sabem melhor do que ninguém conectar”.

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