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O poder das APIs em transformar negócios

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Diante do atual cenário econômico global, as empresas estão sendo pressionadas a “re-imaginar” seus processos de negócios, a experiência junto ao cliente e a inovação com produtos e serviços. Um dos fatores que dificultam a realização destes processos está nas limitações de suas aplicações legadas, que normalmente não foram projetadas para permitir tal flexibilidade.

Estratégias de transformação e modernização destes legados são muito custosas e demoradas para atender o “time-to-market” esperado. Assim, novas formas de envolver estas aplicações legadas, criando uma nova experiência de serviços e negócios, fazem-se necessárias. E é justamente aqui que entram as APIs (Application Program Interfaces).

Porém, antes de tudo, é importante desmistificar o termo APIs. No universo high-tech, o termo nos leva automaticamente a pensar em integração entre aplicações em seu nível mais técnico possível. Entretanto, atualmente, não é mais uma questão técnica. Elas são o centro do que podemos chamar “API Economy ou “Economia das APIs”.

Gosto de definir a “Economia das APIs” como todo novo negócio comercial, gerado por meio do fornecimento, consumo, integração e agregação de valor aos dados e, portanto, muitas vezes a produtos e serviços, que se beneficiam com a interface de aplicações, ou aplicativos, que geram valor para sua empresa.

Logo, como podemos ver, essa definição é negócio puro, que não está restrita às empresas do mundo digital, mas que abrange todos os negócios em qualquer segmento.

Para ilustrar isto, temos atualmente diversos exemplos de empresas que têm se beneficiado do poder das APIs para gerar novos negócios ou aumentar o faturamento. Exemplos:

• eBay: Por meio da comercialização de suas APIs em sites e aplicativos de terceiros, fatura aproximadamente US$ 7 bilhões em vendas.
• SalesForce: Com a comercialização de suas APIs, aumentou mais de 50% seu faturamento em 2014. Aproximadamente US$ 3 bilhões.
• DHL: Aumentou, por meio da comercialização de suas APIs, dez vezes seu portfólio de clientes e espera até 2016 uma receita de U$ 60 milhões.

Os números apontam que os segmentos que mais investem neste tipo de mercado, atualmente, são: Financeiro, Varejo, Meios de Pagamentos, Entretenimento e Alimentação.

Diante disto, o Gartner prevê que, até 2017, algo em torno de 75% das empresas da lista Fortune 1000 estarão oferecendo APIs públicas pela web para comunidades de desenvolvedores. Logo, os CIOs não podem ignorar este assunto.

Costumo dizer que uma empresa não ter APIs hoje é como não ter um web site em meados da década de 90. As empresas precisam se posicionar nessa nova economia.

Entretanto, nesta nova economia ou possibilidades de negócios existem diversos modelos que podemos explorar. Porém, antes de tudo, é necessário definir uma estratégia. Além de definir aonde quer chegar, sua empresa precisa descobrir como alavancar um ecossistema de desenvolvedores, que tenham interesse em usar suas APIs e criar novas soluções a partir delas.

As vantagens imediatas que a Economia de APIs trazem são:

• Aumento da receita por meio de novos canais e novos negócios

• Entregar uma experiência diferenciada a seus clientes (Customer Experience)

• Potencialização de inovação e disseminação de sua marca

• Transição natural para múltiplas plataformas e dispositivos

• Ganho de escala e maior engajamento de seus usuários/clientes

Antigamente, o alcance de mercado de uma empresa limitava-se à sua organização de vendas diretas, organização e métodos e canais distribuidores, além de um site ou dois para o comércio on-line. Com a ascensão da rede social e negócios centrados em aplicações para consumidores, praticamente todos os desenvolvedores são alvo para suas APIs e todas as aplicações que são criadas constituem um canal para atingir novos clientes.

Breno Barros, head of Global Solutions Center da Stefanini.

3 COMENTÁRIOS

  1. Excelente matéria, parabéns! Acredito muito em alguns pilares que o texto trás. Sem dúvida, unir em um único texto, curto, palavras como Inovação, Economia e Estratégia e Customer Experience denota um grande desafio.

    Gostaria de compartilhar algumas inquietudes e até dúvidas – e desde já me desculpem por qualquer gafe visto que não me atenho aos postulados técnicos que regem o mundo das APIs – no seu conceito mais amplo.

    Já diria Peter Drucker, “A cultura come a estratégia no café da manhã”. A inovação tem que acontecer com planejamento e oriundo de um posicionamento estratégico muito audacioso – pois está associado a cultura da empresa (e claro, dos seus colaboradores). A Economia das APIs tem força suficiente para alterar a Cultura das Empresas e trazer a tona essa “transformação”?

    Custo e Time to Market: Como mensurar custos de estar Locked in ou não ter serviços Tailor Made? Em uma possível solução conjunta que dependa de APIs de terceiros não teríamos sim um risco adicional de delay no Time do Market? Na dinâmica do mesmo cenário econômico global, o dinamismo nas necessidades de negócio não poderia gerar uma dependência extrema?

    Economia estuda por essência a Escassez, voce acredita em Escassez? A escassez estaria nas APIs devido o termo “Economia das APIs” usado no texto? Até que ponto então elas não se tornariam uma commodity, tanto no sentido positivo (abundância) como negativo (escassez), dependendo do ponto de vista do Provedor / Consumidor?

    Custo das Integrações x Re-factoring: Como estima-lo para justificar? Acredito que não exista uma matemática simples, visto que cada empresa tem seus processos de negócio, então justamente por isso, a assertiva de tais benefícios relatados no texto não seriam precipitadas demais?

    Seria possível compartilhar as fontes dos números? Referências.

    Não existiria um foco exagerado em quem provê as APIs ao invés de quem as consumiriam? Quem regeria o mercado: oferta ou demanda?

    Quando se associa demais Customer Experience com IT, na primeira falha, há a perda de confiança por parte do consumidor/cliente. O custo do failover/redundância é compartilhado? É fácil lidar com ele nas suas experiências?

    Obrigado.

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