A Superintendência de Seguros Privados (Susep) regulamentou um tipo de apólice inédita no Brasil: o seguro voltado para cyber risks (riscos eletrônicos), produto que oferece cobertura destinada a empresas que lidam com transações eletrônicas. O seguro para riscos eletrônicos já é comercializado nos Estados Unidos e na Europa e cobre perdas provocadas pela ação de hackers que, por exemplo, adulteram o conteúdo de um site, interrompem o oferecimento de serviços de compra e venda pela internet ou obtenham dados sigilosos de correntistas de bancos.
O advogado que atua no mercado segurador e sócio da Chalfin, Goldberg & Vainboim Advogados Associados, Ilan Goldberg, desenvolveu um estudo acerca das principais características da apólice voltada para os riscos eletrônicos.
Devido aos milhões de reais empregados por ano em segurança de internet, Goldberg diz que a regulamentação dessa cobertura de vanguarda deve transformar o mercado de transações eletrônicas no Brasil, reduzindo substancialmente os gastos de instituições financeiras e grandes empresas com internet. ?O custo dos processos provocados pela ação de hackers é muito maior que o prêmio pago pela apólice, que irá ressarcir os clientes prejudicados?, afirma.
Goldberg informa que a nota técnica, que vai anteceder a comercialização da apólice, já passou pela Susep.