Pouco mais de um ano após iniciar sua operação própria no Brasil, com a inauguração de três escritórios no início de 2006 (em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Salvador), a Software AG, fornecedora de software de gestão de origem alemã, está reavaliando sua operação no país.
O rumor que vem ganhando força no mercado, se deve à saída de vários executivos da subsidiária brasileira, principalmente a de Marcio Mattos, ex-Avaya, que havia sido contratado em janeiro passado para comandar as atividades locais da empresa.
Embora ainda não oficializada pela empresa, a demissão de Mattos, segundo um dos profissionais da equipe local que deixou a empresa recentemente, foi efetivada em março passado. Junto com ele, teriam sido dispensados também todos os oito executivos que trabalhavam no escritório de São Paulo, bem como o responsável pela unidade do Rio de Janeiro.
A única unidade que ainda estaria operando é a de Salvador, devido a um contrato de prestação de serviços que a empresa mantém com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, para o Projeto Informático de Gestão Integrada Policial (Sigip), implantado pela Superintendência de Gestão Tecnológica e Organizacional (SGTO) da SSP ? a reportagem de TI Inside Online procurou o superintendente do órgão para saber se a empresa continua respondendo pelos serviços, mas até a conclusão deste noticiário não havia obtido retorno.
A demissão, em fevereiro, de Christian Barrios Marchant, vice-presidente de vendas da companhia para a região Sul, que tinha o Brasil e a América Latina como suas grandes apostas, também seria um forte indicador do encolhimento das operações no país. As razões para isso seria o resultado aquém das expectativas da subsidiária local e a mudança de estratégia da Software AG, que estaria concentrando o foco nos mercados asiático, especialmente na China, e indiano.
A estratégia de Marchant com a abertura de escritórios no Brasil, onde a fornecedora alemã atuava representada pela Consist, era ganhar força no mercado latino-americano, no qual a empresa havia faturado US$ 26 milhões em 2005, tendo como uma das principais fontes dessa receita exatamente o Brasil, onde a fornecedora alemã sempre atuou por meio de parceiros.
A reportagem de TI Inside Online também procurou a empresa para que se manifestasse, mas, do mesmo modo, não obteve retorno até a conclusão desta edição.