O departamento responsável pela educação na cidade de Nova York (EUA) divulgou diretrizes que definem como seus funcionários podem ou não usar redes sociais. De acordo com o jornal The New York Times, os professores públicos não podem contatar os alunos por meio de suas páginas pessoais em sites como Facebook e Twitter, embora possam se comunicar por meio de páginas criadas para uso em sala de aula.
O documento determina que, no mundo digital, os professores devem manter separadas as páginas profissional e pessoal. Eles não podem enviar e-mail, "curtir" ou se comunicar com estudantes por meio de páginas pessoais, seja de aluno, seja de professor. Eles também devem usar as configurações de privacidade para controlar o acesso aos seu sites pessoais nessas plataformas.
O jornal relata que as orientações refletem a crescente preocupação entre os norte-americanos quanto à facilidade com que os professores podem interagir eletronicamente com os alunos atualmente, e o potencial para uso indevido ou abuso.
Richard J. Condon, comissário especial do departamento de investigação, informou ao The New York Times que, nos últimos anos, dezenas de professores foram investigados e alguns demitidos por interações inadequadas e relações com os alunos que foram iniciadas ou realizadas em sites de mídia social. Segundo Condon, o número de acusações envolvendo o Facebook saltou de 14 em 2009 para 69 nos primeiros 11 meses de 2011.
O jornal ressalta que as diretrizes divulgadas reconhecem os benefícios das redes sociais e não proíbem os professores de usá-las. Mas salienta que as normas não abordam as crescentes comunicações professor/aluno via celulares e mensagens de texto, outra questão que tem gerado inúmeras acusações e investigações por parte do órgão.