Apesar do crescimento expressivo do mercado brasileiro de comércio eletrônico nos últimos anos, o número de empresas que operam com vendas on-line ainda é muito pequeno no país. A constatação é de um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a qual aponta que, entre 2003 e 2008, a quantidade de varejistas que vendiam pela internet passou de 1.305 para 4.818, expansão de mais de 3,7 vezes. Este número representa somente 0,4% do total de estabelecimentos do setor.
O estudo mostra, ainda, que a adoção do comércio eletrônico tem aumentado a produtividade do varejo brasileiro. Segundo o relatório, a implantação desse tipo de negócio propicia redução nos custos das transações, mas, por outro lado, exige que as empresas reorganizem sua cadeia de suprimentos, a estrutura de tecnologia de informação e disponham de pessoal qualificado. "Essas melhorias poderiam ser alvo de políticas públicas de incentivo", diz o estudo.
Outro dado destacado pelo Ipea foi a pouca influência das redes sociais sobre o usuário no consumo de bens e serviços pela internet. "A princípio, por ser um aplicativo que disponibiliza uma quantidade considerável de propagandas, esperar-se-ia que houvesse um efeito positivo. Entretanto, a ausência de significância estatística pode estar relacionada com a predominância de jovens. Quanto mais jovem o indivíduo, menor é a probabilidade de consumo na internet", analisa o estudo.
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