Cofundador do WhatsApp confirma no STF que criptografia do serviço é inviolável

0

O cofundador do WhatsApp, Brian Acton, disse que o aplicativo tem como principais atributos a privacidade e a segurança e afirmou que as mensagens trocadas pelos usuários não podem ser lidas pela própria empresa. Para ele, a criptografia ponta a ponta traz reais benefícios para as pessoas, que são reconhecidos por 120 milhões de brasileiros que usam o serviço. O engenheiro participou, nesta sexta-feira, 2, da audiência pública realizada pelo Supremo Tribunal Federal, que julgam duas ações que versam sobre o bloqueio do serviço no Brasil.

Acton disse que veio ao Brasil especialmente para defender a criptografia, em respeito aos usuários e entende que os bloqueios feitos ao aplicativo atingiram a todos. "O Brasil é muito importante para o WhatsApp e o WhatsApp é importante para o Brasil", disse. Ele entende que qualquer ferramenta que pudesse dar acesso às mensagens podem causar danos aos usuários, pois tornaria o sistema vulnerável.

"Não há como tirar [a criptografia] para um usuário especifico, a não ser que se inutilize o WhatsApp para ele" e acrescentou que a única forma de desativar a criptografia para um usuário, seria desativar para todos, afirmando que qualquer hacker poderia ter acesso a bilhões de conversas caso isso ocorresse. Acton disse ainda que as informações que ficam gravadas nos servidores da empresa, como número do telefone, endereços IP e tempo da conversa – que são os metadados – já são disponibilizadas à justiça brasileira.

Pedidos

O diretor de Relações Governamentais do Facebook Brasil, Bruno Magrani, disse que esta filial não tem acesso a mensagens e tem como atividade apenas a venda de espaço de anúncio. Mas afirmou que há um sistema que permite as solicitações de dados diretamente às empresas controladoras – a Facebook Inc e a Facebook Irlanda, que têm competência para responder.

Magrani afirmou que a criptografia do WhatsApp tem sido útil a inúmeros serviços no Brasil, inclusive do governo e da Justiça. Ele contou que, em 2016, o País fez mais de três mil solicitações de dados sobre 7,6 mil usuários. Falou também da cooperação em operações da justiça, que resultaram em sucesso, como a prisão de pessoas que estariam elaborando um plano de um atentado nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro no ano passado e da prisão de sequestradores em Santa Catarina. Ele reiterou que, apesar ser o proprietário do WhatsApp, o Facebook não tem acesso aos dados do aplicativo.

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.