Publicidade
Início Newsletter (TI Inside) Sem acordo, projeto de lei contra fake news tem votação adiada

Sem acordo, projeto de lei contra fake news tem votação adiada

0
Publicidade

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, retirou da pauta desta terça-feira,2, o projeto de lei que estabelece regras para o uso e a operação de redes sociais e serviços de mensagem privada via internet (PL 2.630/2020). O texto visa combater a disseminação de conteúdos falsos. A retirada foi pedida pelo seu autor, senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). O projeto voltará à pauta na próxima semana, mas ainda não há uma data.

Até o início da tarde o texto não havia recebido um parecer do seu relator, Angelo Coronel (PSD-BA), e já acumulava 62 emendas. Uma delas, de autoria do próprio Alessandro, é uma nova versão do projeto por inteiro, que retira dele dispositivos que permitem a exclusão de conteúco por parte das plataformas com a intervenção de verificadores independentes (fact-checkers).

As regras sobre a moderação de conteúdo são as mais polêmicas do projeto. Atualmente, ele determina que as empresas responsáveis por redes sociais e serviços de mensagem interrompam a circulação de conteúdos classificados como total ou parcialmente enganosos.

Em manifestação nas redes sociais, Alessandro explicou que pediu o adiamento do projeto para garantir que todos os senadores “tenham segurança” quanto ao conteúdo do texto final. Davi acrescentou que o projeto deve garantir a liberdade de expressão a todos os cidadãos.

Coronel havia dito na semana passada ser contra a deliberação do projeto de forma remota, sem audiências públicas ou discussão em comissões. Após a sua inclusão na pauta, ele sinalizou que defenderia a aprovação e que faria acréscimos com o objetivo de aumentar as penas para a promoção de desinformação pela internet.

Federação Assespro apoia adiamento da votação

A Federação Assespro, em nota divulgada nessa terça-feira, apoia a retirada do projeto da votação, a pedido do autor, senador Alessandro Vieira. A entidade entende que da forma como está proposto, além de jogar atribuições do Estado ao setor privado, o projeto pode inviabilizar novos negócios baseado em dados e redes sociais em virtude o alto custo trazido pelas novas responsabilidades e regras.

A entidade entende que é preciso promover uma discussão séria, ampla e profunda sobre o tema e propõe que o caminho para o combate à desinformação passe pelo: aumento de penas para quem produz e dissemina notícias falsas; criação de Juizados Especiais Digitais – para a devida apuração dos crimes, como esse, ocorridos nas redes;) aumento da educação digital da população; e maior transparência quanto aos conteúdos pagos. Com informações da Agência Senado.

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.

Sair da versão mobile