O que as organizações devem fazer para superar os desafios na implantação de analytics

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Encerrando as apresentações da terceira edição do Data Management Forum, promovido pela TI INSIDE nesta quarta-feira, 1, os painelistas discutiram como implantar Business Analytics nas organizações. Devido às suas capacidades preditivas e de solução de problemas, as ferramentas de dados e análises tornaram-se essenciais ao longo dos últimos anos. De acordo com o estudo Data & Analytics de 2021 da Foundry, 61% dos tomadores de decisão de TI concordam que a pandemia acelerou a estratégia orientada por dados de sua organização. No entanto, apenas 46% dos tomadores de decisão de TI dizem que sua empresa tem uma estratégia de dados e análise claramente definida.

Marcos Silva, head de Analytics e Dados da Recovery, empresa do Grupo Itaú, mostrou em sua apresentação que antes mesmo de implementar um conceito as empresas precisam de motivadores para que haja sucesso em seus projetos.

"Escutamos as empresas falarem, mas implementar é mais difícil e que os orientadores influenciam no sucesso dessa empreitada. para isso é necessário motivação. Quando o CIO quer e contamina a empresa para tirar proveito dos dados, só a vontade não é suficiente", diz.

Para que isso aconteça é preciso primeiro ter dados (não só em quantidade), mas dados usáveis e disponíveis. O fato de não estarem disponíveis ou no mesmo ambiente é uma grande barreira. É preciso haver sinergia entre eles. Segundo a tecnologia que permite usar esses dados, pois cada vez que se tenta a experiência for ruim ou eles vem de forma diferente, não são confiáveis. A tecnologia tem que melhorar a experiência do usuário e isso é pré-requisito", afirmou o executivo.

Continuando ele apontou ainda para outros marcos importantes. "Em terceiro lugar estão os processos.  Parece que estão ali apenas para burocratizar, mas sem eles não se escala para a progressão do analytics. É importante pensar na governança de processos, na estruturação e governança de dados. Não há estrutura sem processos", salientou.

E por fim a Cultura de Dados. " Se o motivador é melhorar a eficiência e superar a concorrência são motivos nobres, mas isso tem que fazer sentido para o time de dados.  Os demais times precisam enxergar-se como aliados e não ser o concorrente dos processos antigos. A cultura de dados precisa transbordar para fora de suas áreas. A cultura é um instrumento que empurra esse assunto dentro da empresa.  Os dados devem  ser considerados como um produto", assegurou o executivo.

Ele ressaltou ainda que as estruturas e as ferramentas de tratamento de dados existem para deixar as coisas fáceis para uso das pessoas. "No analytics e BI também. Hoje o BI está sendo visto pelas grandes corporações apenas como uma ferramenta, mas o Analytics extrapola as fronteiras de um time e transborda para o resto da empresa.", afirmou.

Para Filipe da Silva, gerente BI & Analytics na Total Express, todo resultado satisfatório começa desde a definição das soluções e Analytics a serem utilizadas nos projetos que precisam ter objetivos e visar as prioridades dos negócios. "As tecnologias a serem escolhidas para atingir o objetivo geral fazem parte de uma estratégia eficaz de investimentos e resultados".

Ele aponta que ao se estabelecer como iniciar a implantação é começar pequeno, controlar expectativas, entregar pequenos ganhos e passar progressivamente para entrega de valor, A estrutura gerencial, ágil, tática e operacional faz com que os projetos sejam percebidos de forma muito mais assertiva.

Outro ponto que o executivo destaca é o de planejar e engajar as pessoas. "Este é sem dúvida alguma o maior e pior dos desafios. Não se trata somente de tecnologia, mas da transformação das pessoas, transformar a cultura, criar o envolvimento dos colaboradores, realizar a comunicação com os times envolvidos e evangelizar sobre o valor dos dados.", reforçou.

Paschoal D'Auria, diretor de vendas da Escala, é taxativo ao afirmar:  não existe mágica em Analytics.  "O Gartner diz que 70% a 80% dos projetos falham – não significa que não foram bem estruturados mas que não trouxeram o valor esperado pela equipe. A estratégia é o pilar de sustentação dos projetos bem-sucedidos. Começar entendendo o essencial e o que não vamos fazer. Focar naquilo que o negócio quer atingir e qual o real objetivo da empresa para os próximos anos está na base de ter sucesso. É preciso ir descobrindo como os dados ajudam atingir esse objetivo", reafirmou o executivo.

Para ele, entre os pontos fundamentais dessa escalada para ser bem-sucedido está no alinhamento entre a estratégia e prioridades da empresa, reforçando que a qualidade de dados pois o projeto será tão bom quanto a qualidade desses dados.

"A cultura orientada a dados não nasce do nada. As áreas chaves precisam participar do centro de excelência. É preciso promover o engajamento de todos e inserir o marketing, a comunicação e as pessoas para isso", orientou  o especialista.

D'Auria ainda reforçou que Buy In  do executivo das empresas é fundamental no processo. "O projeto de Analytics , de ser data driven de verdade, deve estar na agenda dos principais executivos. Eles precisam ter consciência dos benefícios do projeto e ter suas expectativas alinhadas. O C- Level tem que estar disposto a abandonar velhos hábitos e ser o patrocinador dos projetos". E finalizou, "os três As (accurate, available e actionable) precisam estar presentes na mente dos envolvidos como um mantra para que enfim haja um projeto de dados e que dele advenha muitos benefícios para a organização".

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