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Novas plataformas mudarão radicalmente a maneira de se prover saúde, afirmam especialistas

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O mercado mundial de digital health — ou saúde digital — deve movimentar US$ 233,3 bilhões no período de 2013 a 2020, o que, se confirmado, representará uma taxa de crescimento anual composto (CAGR, na sigla em inglês) de 21%, de acordo com estudo da Arthur D. Little. A expansão, segundo a consultoria americana, será impulsionada pelas tecnologias de mobile health, wireless health, telehealth e registro médico eletrônico/registro de saúde eletrônico (EHR/EMR), bem como por plataformas de big data e analytics, plataformas de gestão na nuvem, internet das coisas (IoT) e wearables devices, entre outras.

Mas estas são apenas algumas das tecnologias e plataformas que estão transformando a gestão da saúde e o relacionamento entre médicos e pacientes, e que prometem tornar mais ágeis e precisos os diagnósticos e melhorar a produtividade e os cuidados pessoais com a saúde.

Para Rita Ragazzi, gerente de pesquisa em healthcare para America Latina da Frost & Sullivan, três vetores que vão mudar a maneira de se prover a saúde são as plataformas digitais, a telemedicina e as plataformas de integração, como os prontuários eletrônicos. Na opinião dela, a própria falta de infraestrutura para a saúde no país deve impulsionar essas plataformas. “Principalmente as operadoras de saúde devem aderir cada vez mais a essas plataformas, já que elas contribuem para a prevenção e a redução de custos.”

A analista diz que outros fatores que devem impulsionar a adoção de plataformas digitais de saúde são a necessidade de cuidados diários de pacientes com doenças crônicas, o que deve levar as empresas a investir para deslocar as consultas presenciais para o atendimento remoto e reduzir as visitas aos hospitais, bem como a autogestão e o automonitoramento das condições de saúde. “Outro aspecto é que as áreas remotas e de baixa renda podem se beneficiar das tecnologias de telemedicina para aumentar o acesso e reduzir a carga de tratamento, tanto na rede pública quanto privada”, disse Rita, que participou de painel no Fórum Saúde Digital, evento promovido por TI INSIDE e organizado pelo Converge Comunicações, realizado nesta quinta-feira, 2, em São Paulo.

TI estratégica

Estes, por sinal, são alguns do pontos que vem atacando a Rede D’Or São Luiz, operadora de hospitais, com 27 unidades próprias em quatro Estados (Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal e Pernambuco). Adriano Oliveira, CIO da Rede D’or, observa que o paciente está mais exigente e quer mais transparência das informações. Por isso, ele diz que a empresa está reposicionando o papel da TI de tático e facilitador para direcionador da estratégia, ou seja, abandonando a TI convencional e partindo para um modelo baseado na inovação.

Dois projetos nesse sentido em andamento na Rede D’Or, segundo Oliveira, e o de smart hospitality e de master patient index com o objetivo de melhorar a chamada experiência do paciente. O primeiro é baseado numa plataforma de TI inteligente para oferecer novos serviços aos pacientes, reduzir as cargas de operação e permitir que os funcionários se concentrem em fornecer um serviço melhor. O MPI possibilita centralizar o cadastro e todas as informações do paciente em um único prontuário. “Este projeto tem forte relação com big data e engloba diferentes sistemas de HSI (Health Systems International) “, explica.

O diretor de desenvolvimento de negócios da Global eHealth da Telefônica, Jose Antonio Martin, aponta algumas aplicações que devem impulsionar as novas plataformas e tecnologias de saúde digital. A primeira delas é analytics e big data, devido a necessidade de agregação de dados e análises para apoiar uma vasta gama de casos de uso de saúde. Depois, ele cita dos dispositivos médicos digitais, tais como software e hardware projetados para tratar uma doença ou condição específica, e a telemedicina, para a entrega de serviços de saúde por meio de canais virtuais (telefone, vídeo, texto).

O executivo lista ainda as plataformas para gerenciar a saúde da população, com modelo de pagamento baseado no risco, ferramentas de consumo para a aquisição de serviços de saúde ou seguro de saúde e software e serviços para prescrição de medicamento personalizado, de acordo com a genética do indivíduo.

Contudo, Martin acha que as transformações virão muito mais das mudanças nas organizações do que da tecnologia médica. “Os modelos de atendimento não mudaram muito nos últimos anos. E o que as tecnologias digitais vão possibilitar é oferecer serviços remotos multicanais, por exemplo, ou seja, novos modelos para entrega de serviços de forma mais ágil e eficiente ao paciente.”

1 COMENTÁRIO

  1. A globalização dos prontuários facilitará o atendimento e diminuirá o risco no caso de internação de um paciente emergencial.

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