Visa defende uso do cartão em ações de governo eletrônico

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O cartão eletrônico pode servir com instrumento de e-goverment, para aumentar a arrecadação do Estado, diminuir a informalidade da economia e promover a inclusão social.

Essas são algumas das vantagens elencadas por Salvador Perez Galindo, vice-presidente para Assuntos Governamentais da Visa Internacional, em palestra realizada nesta quarta-feira, 2/8, no 1º Congresso de Meios de Pagamentos, promovido pela ABECS e Febraban, em São Paulo.

Disse que a Argentina, na época do plano econômico conhecido como ?Curralito? ofereceu 5% de bônus sobre o imposto conhecido como ?IVA? para pagamentos feitos com cartão de crédito a fim de evitar a informalidade e 30% de bônus no custo dos terminais para os lojistas.

Com o Metrô de Moscou, a Visa desenvolveu um cartão com tecnologia de contact less, que serviu também para pagar benefícios sociais aos usuários e de identidade aos portadores, proporcionado uma economia de US$ 12,5 milhões aos cofres públicos e a conquista de 1, 7 milhão de usuários.

Na República Domicana a Visa também está desenvolvendo um projeto com cartão pré-pago, para atender 275 mil usuários de baixa renda.

Transparência

Galindo defendeu o uso do cartão como forma de desenvolvimento econômico, pois pesquisas mostram que um incremento de 10% nos meios de pagamentos eletrônicos significa 0,5% do PIB em aumento de consumo. Hoje, US$ 350 bilhões são transacionados por meio eletrônico, sendo que apenas US$ 4,3 bilhões na América Latina e Caribe.

Citou como exemplo o caso da Coréia, que depois da estagnação da economia no ano 2.000, promoveu através de medidas de incentivos (loterias fiscais, devolução de impostos, aumento de base instalada para 60 mil terminais) o intensivo uso de cartão para promover o crescimento da economia através do consumo.

Na Europa, estão trabalhando no projeto SEPA, que prevê a integração dos meios eletrônicos dos paises europeus. ?Está na fase de elaboração de padrões de segurança e legislação?, acrescentou.
Os bancos centrais do Brasil e do México e o Federal Reserve (dos EUA) também definiram políticas públicas de meio de pagamento eletrônico.

Meio de pagamento universal

O presidente da Febraban, Márcio Cypriano, na abertura do evento, disse que ?os cartões de débito e de crédito representam o meio de pagamento realmente universal e acessível a todos. E, desta forma, representam um instrumento ao mesmo indutor e viabilizador da bancarização. Basta ver que a Previdência Social e os diversos programas de assistência social, com a Bolsa Família, empregam massivamente os cartões?.

?Os cartões possuem elevado grau de segurança, que é resultado dos substanciais e constantes investimentos em prevenção a fraudes. Hoje, esses investimentos em segurança se traduzem num percentual de fraudes inferior a 0,01% sobre o conjunto total de transações?, explicou.

Afirmou ainda que ?a tendência é se integrarem a outras tecnologias como a internet, abrindo perspectivas de novos produtos e serviços, com segurança, agilidade e eficiência crescentes. Ao completar 50 anos no Brasil, o cartão apresenta-se no limiar de uma nova era, para a qual precisam se preparar todos os participantes da indústria do dinheiro de plástico, sejam os bancos, as financeiras, os varejistas, sejam os emissores, processadores, adquirentes, até os fornecedores de serviços e tecnologia e autoridades monetárias?.

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