Estreia da Atento na bolsa decepciona e ações registram queda de quase 14%

0

A oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Atento, empresa espanhola de contact center e outsourcing de processos de negócios (BPO), nesta quinta-feira, 2, na Bolsa de Nova York (NYSE), decepcionou mercado, analistas e, principalmente, o fundo de private equity Bain Capital Partners, controlador da companhia.

Precificadas a US$ 15, com a oferta de 10 milhões de ações ordinárias, as ações da companhia abriram o pregão cotadas a US$ 13,75 e às 15h23 (horário de Brasília) eram negociadas a US$ 12,85, uma queda de 14,33%. O preço chegou a US$ 12,97, por volta das 13h. No decorrer do dia os papéis deixaram de recuar aceleradamente e fecharam cotados a US$ 12,96, baixa de 13,60%, com um volume de 7 milhões de ações negociadas.

Os papéis, listados sob o símbolo "ATTO", foram ofertados tanto pela Atento quanto por um de seus acionistas, a Atalaya Luxco Pikco, afiliada à Bain Capital. Anteriormente à estreia na bolsa, a Atento trabalhava com a expectativa de levantar até US$ 300 milhões na NYSE e alcançar uma capitalização de mercado de US$ 1,5 bilhão, com as ações negociadas na faixa de preço de US$ 20,50.

O IPO teve como gerentes conjuntos de subscrição (joint book-running managers) o Morgan Stanley, a Credit Suisse Securities (USA) e a Itaú BBA USA Securities. O Merrill Lynch, a Pierce, Fenner & Smith Incorporated, o Bradesco, o BTG Pactual — filial das Ilhas Cayman —, o Goldman Sachs, o Santander Investment Securities e a Robert W. Baird Incorporated foram os coordenadores do IPO, enquanto o BBVA Securities atuou como cogerente da oferta.

O plano da Atento com o IPO é usar os recursos recebidos com a venda de ações para pagar dívidas, despesas relacionadas à oferta e para fins corporativos gerais.

A Bain Capital comprou a Atento da Telefónica em 2012, por cerca de 1 bilhão de euros (US$ 1,3 bilhão), incluindo as dívidas. A Atento, que oferece também serviços de suporte técnico, back office e outros tipos de suporte, tem cerca de 153 mil funcionários, com cerca da metade deles no Brasil. A companhia foi formada em 1999 como uma cisão do negócio de call center da Telefónica na Espanha, Peru e Chile.

Notícia atualizada às 18h47.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.