Positivo aposta em parcerias para mudar foco para smartphones

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A Positivo tem algumas cartas na manga para se transformar em uma potência nacional no mercado de smartphones. A companhia paranaense, que focava em computadores e tablets, agora quer usar sua força e conhecimento da dinâmica interna para ganhar o consumidor brasileiro. Tanto que a empresa já espera ampliar a capacidade de produção, dizendo que o volume de 80 mil smartphones por mês na fábrica curitibana não será suficiente. A ideia é aproveitar parcerias com empresas multinacionais para alavancar o projeto.

"Estamos colocando 100% da energia em mobilidade", exalta o vice-presidente de mobilidade da Positivo, Norberto Maraschin Filho, durante encontro com jornalistas em Curitiba nesta quinta-feira, 2. Ele ressalta que o mercado de smartphones continua crescendo, enquanto o de tablets e de computadores vai arrefecendo. "Queremos repetir em celular o que fizemos em computadores, e nós podemos porque somos brasileiros, ninguém entende melhor o Brasil do que a Positivo", diz, referindo-se à complexidade de se fabricar produtos e de lidar com as regras locais de tributação.

Uma das estratégias é a de aproveitar a parceria com o Google. Segundo o vice-presidente de marketing e produtos da Positivo, Maurício Roorda, a companhia é a "única empresa de capital nacional que tem contrato com o Google, tanto para produtos tablets quanto smartphones e outros que possam vir pela frente em outros formatos", diz, sem querer detalhar se esses formatos seriam dispositivos vestíveis.

Segundo Roorda, a empresa é obrigada a atender requisitos da norte-americana para que os aparelhos sejam aprovados. Isso a qualifica para receber versões praticamente puras do sistema Android, quase da mesma forma como a Motorola consegue fazer. "As mudanças que fazemos no Android são todas aprovadas pelo Google, não temos nenhuma modificação de Android como alguns têm", destaca. A companhia garante que não se trata, pelo menos até o momento, de entrar no programa Android One para venda de smartphones de entrada, mas sim de usar o sistema operacional da maneira mais pura possível. Mas há a possibilidade. "O Android One é um projeto bem relevante, já lançou iniciativa na Índia, estamos olhando de perto. Não é unilateral, depende do Google também."

Futuro

Outra aposta é na parceria com fornecedores de chipsets. Ao responder sobre a possibilidade de começar a vender smartphones compatíveis com LTE, Maraschin Filho confirmou que isso está no cronograma. "Sim, estamos trabalhando em projetos de 4G com desenhos, ideias, para instituir uma linha de design legal para a Positivo no próximo ano. Estamos trabalhando com a MediaTek e Qualcomm, temos projetos no pipeline", disse ele. A Positivo espera agora pela popularização do serviço no Brasil. "A gente acredita que na metade do próximo ano vamos estar preparados para brincar, mas lógico que quem vai direcionar o mercado de 4G não seremos nós, mas as operadoras. A agressividade ou não nos preços é que vai determinar o sucesso", declara.

Em relação a chipsets, outra possibilidade é uma parceria com a Intel, com quem a Positivo já tem boa relação na produção de computadores e tablets. Maraschin ressalta os esforços da fornecedora para entrar no mercado de smartphones, com a recente investida nas fabricantes chinesas de semicondutores para celulares Spreadtrum Communications e RDA Microelectronics.

Outra possibilidade é a de incorporar o Windows nos smartphones. Maraschin não revelou se seria o Windows Phone 8.1 ou já o Windows 10, mas confirmou a intenção. "Sim, estamos falando com a Microsoft, mas não é nada definido, temos mantido conversações constantes", revelou.

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