Executivos de negócios valorizam mais gestão de riscos que os de TI, diz estudo

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Os executivos de negócios se concentram nas receitas e nos resultados, dedicando cada vez mais recursos às questões de governança corporativa e segurança. Contudo, praticamente um em cada três ou mais não confiam na capacidade das suas empresas de lidar com informações particulares ou confidenciais, e esse mesmo número ou não tem certeza ou não acredita que a maioria dos seus parceiros de negócios as considere empresas confiáveis.

Estas são algumas das conclusões da pesquisa internacional ?Unisys Trusted Enterprise Index?, que mede a importância, o impacto e a influência da confiança, privacidade e segurança no mundo corporativo. O levantamento também concluiu que, apesar da conscientização cada vez maior sobre gerenciamento de riscos e problemas de segurança no mundo corporativo, mais de um terço das empresas entrevistadas não encarrega seus diretores da proteção da mesma confiança que clientes, investidores e mesmo os próprios funcionários têm nelas.

Durante o quarto trimestre de 2006, foram entrevistados 1,7 mil profissionais que atuam no nível de alta administração corporativa e de tecnologia em um universo de amostragem superior a 30 mil empresas nos EUA e no Reino Unido.

A primeira fase entrevistou CEOs e outros executivos de negócios e TI de grandes empresas norte-americanas e britânicas. A conclusão é um claro isolamento entre os pontos de vista dos dirigentes de negócios e os dirigentes de tecnologia em relação aos fatores que constróem e abalam a confiança. Os dirigentes de tecnologia enfatizam muito mais a proteção da privacidade e da segurança de TI, ao passo que os dirigentes de negócios se concentram mais em medidas financeiras. Os principais contrastes apontados pela pesquisa são:

 os dirigentes de negócios valorizam mais do que os dirigentes de TI o gerenciamento de riscos e as boas práticas de governança corporativa para gerar confiança;

 os dirigentes de negócios acreditam mais do que os dirigentes de TI que fluxos de caixa negativos, a falta de valores comuns e uma gestão fiscal fraca têm mais probabilidade de abalar a confiança;

 os dirigentes de TI acreditam mais do que os dirigentes de negócios que boas críticas da mídia, proteção de IPs e práticas responsáveis de marketing constróem a confiança;

 os dirigentes de TI acreditam mais do que os dirigentes de negócios que a proteção inadequada da propriedade intelectual, uma privacidade fraca e uma TI pouco confiável podem abalar a confiança.

Entre todos os segmentos contemplados pela pesquisa, os bancos de varejo são os mais confiáveis tanto nos Estados Unidos como no Reino Unido. Há, no entanto, diferenças entre as opiniões dos dirigentes de negócios norte-americanos e britânicos. A assistência médica surgiu entre os setores mais confiáveis nos Estados Unidos, mas está entre os de menor confiabilidade no Reino Unido. Da mesma forma, o setor público desfruta de grande confiança no Reino Unido, porém é visto como pouco confiável nos Estados Unidos, de acordo com os entrevistados.

Em termos geográficos, os três setores mais confiáveis nos Estados Unidos são os bancos de varejo, assistência médica e serviços profissionais; os menos, seguros, telecomunicações e entretenimento/mídia. Já no Reino Unido, os mais confiáveis são os bancos de varejo, setor público municipal, educação e serviços profissionais; os menos, entretenimento/mídia, assistência médica e varejo.

Os fatores de confiança nas empresas são diferentes dos fatores mais tradicionais e mensuráveis que influenciam as bolsas de valores e o sucesso comercial. Apesar do atual aumento da sensibilidade à ética corporativa e à conformidade entre as grandes empresas, a satisfação e o respeito ao cliente, a liderança e a gestão fiscal prudente são considerados pelos dirigentes de negócios entrevistados os fatores que mais influenciam a confiança. Capitalização e participação de mercado, por exemplo, são menos valorizados.

O estudo conclui que práticas de negócios sem ética, insatisfação do cliente, liderança inadequada, e falta de respeito pelos funcionários e clientes são os principais fatores que abalam a confiança dentro de uma organização.

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