Publicidade
Início Segurança Mercado (Segurança) Brasileiros estão menos atentos às questões de privacidade que o resto do...

Brasileiros estão menos atentos às questões de privacidade que o resto do mundo

1
Publicidade

Ainda que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) esteja em vigor desde setembro passado, brasileiros estão muito menos atentos à sua legislação de privacidade do que seus pares em outros países. É o que apurou uma pesquisa recente da OpenText realizada com 24 mil pessoas no Brasil, Alemanha, Austrália, Canadá, Cingapura, Espanha, França, Índia, Itália, Japão e Reino Unido. Perto de 60% dos entrevistados do País admitem ter apenas “uma vaga ideia do que trata a lei”; só 30% afirmam conhecê-la, efetivamente.

Em outras partes do mundo, o tema tem atraído uma atenção bem maior: 41% da amostra internacional alegam estarem muito conscientes sobre o tema e outros 46,7%, parcialmente conscientes sobre o tema. Nessa amostra, os únicos que dedicam menos atenção ao tema são os italianos. Entre esses consumidores, somente 18% afirmam conhecer bem a sua legislação nacional sobre a questão, enquanto quase 70% informam ter uma vaga noção a respeito.

Ceticismo com empresas e terceiros

Os brasileiros são mais céticos do que a média dos onze países quando o assunto é a sua confiança na adesão das empresas à legislação que resguarda a privacidade de seus dados. A pesquisa apurou que 38% dos brasileiros acham que esta adesão ocorrerá, mas somente nos próximos anos. Apenas 17% acreditam que as organizações já estejam cumprindo com suas obrigações legais nesse quesito. Já, a média internacional apurada pela OpenText dá conta que 21% acreditam que as empresas tenham alcançado esse patamar; e 26% acreditam que ele só será alcançado em alguns anos. Dentre os mais céticos estão os britânicos. Apenas 9% creem que suas empresas estejam adequadas à lei; e 13% que elas chegarão lá nos próximos anos.

No que tange à relação dos usuários com os seus dados, a pesquisa traz descobertas interessantes. Brasileiros demonstram confiança quando perguntados se sabem manter seus dados seguros e com privacidade em apps, contas de e-mails e redes sociais, como, por exemplo, adotando configurações de privacidade e desligando as funções de georreferenciamento. Mais de três quintos (61%) alegam que o fazem, um resultado 4 pontos percentuais acima da média internacional. Além disso, quando esta questão é aprofundada, 53% alegam que sabem, mais ou menos, quantas empresas usam, armazenam ou têm acesso aos seus dados pessoais, frente os 44% da média internacional.

Passividade e desconfiança

Os brasileiros apresentam-se ainda mais passivos em relação às organizações com as quais se relacionam. Apenas 16% alegam já terem entrado em contato com alguma empresa para saber como os seus dados pessoais estavam sendo usados – frente à média internacional de 22%. Esta possibilidade, contudo, os seduz:  57% afirmam que o fariam, ainda que ainda não tenham tomado esta atitude.

No Brasil os usuários também demonstram desconfiança em relação a terceiros quando se trata da gestão segura de suas informações pessoais. Apenas 15% alegam confiá-las a outrem, ligeiramente abaixo da média internacional de 16%.

“Além das multas potenciais, qualquer organização que não cumprir as leis de privacidade de dados corre o risco de perder a confiança de seus clientes”, afirma Roberto Regente Junior, vice-presidente da OpenText para a América Latina (foto). “Os seus líderes devem aproveitar a tecnologia que não apenas traga a visibilidade sobre como eles capturam e protegem os dados, mas, também, que lhes permita responder rapidamente aos pedidos dos clientes sobre como seus dados pessoais estão sendo processados, coletados e usados. Ao investir em soluções de gerenciamento de privacidade abrangentes que automatizam e integram as políticas de privacidade de uma organização com princípios de proteção e privacidade de dados, as empresas podem atender aos requisitos da lei, reduzir o risco de danos à reputação e manter a confiança do cliente.”

Metodologia

Esta pesquisa foi conduzida entre 11 e 25 de novembro último com 12 mil pessoas do Brasil, da Índia, do Japão e da Itália. E, entre abril e maio de 2020, outras 12 mil pessoas na França, Alemanha, Reino Unido, Espanha, Canadá, Cingapura e Austrália. No Brasil, 2 mil foram entrevistados de forma a representarem uma amostra sobre como os consumidores locais lidam com a questão da privacidade de dados.

1 COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.

Sair da versão mobile