O movimento é pouco visto no mercado. Na contramão das empresas que querem se profissionalizar e vão à caça de profissionais qualificados para ficar à frente de seus projetos, a Cyberlynxx – empresa nacional de consultoria e serviços em TI – foi, na verdade, o alvo da visão empreendedora de Marcelo Astrachan.
O executivo, que já foi sócio da Accenture e vice-presidente de Vendas e Marketing da OptiGlobe (atual Tivit), decidiu investir porque viu na empresa uma oportunidade para desenvolver uma operação nacional de TI voltada à exportação de software, com diferenciais bem determinados de qualidade na entrega.
"O resultado da estratégia das empresas brasileiras na exportação de software entre 2001 e 2006 foi um fracasso retumbante. Os players nacionais de TI não exportam mais de R$ 200 milhões por ano, atuando ainda como body shoppers", diz Astrachan, que acaba de assumir como CEO da companhia.
Entre as estratégias da Cyberlynxx estão o processo de IPO no fim de 2009 e o plano de concentrar seus esforços na utilização das fábricas de software já existentes, voltadas para exportação em plataformas como Java, .Net, SAP e Oracle.
A meta de crescimento da Cyberlynnx é de 30% ao ano. A companhia anuncia que está em negociações avançadas com mais de duas empresas, visando uma aquisição ainda no primeiro trimestre de 2008. Assim, a receita da empresa – que hoje é de R$ 20 milhões – saltará, ainda neste ano de 2008, para R$ 30 milhões.