Ministro reconhece "debilidade" no transporte de informações estratégicas

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O ministro da Justiça, Tarso Genro, reconheceu nesta segunda-feira (3/3) que há problemas no sistema de transporte de informações estratégicas no país. "Nós dissemos desde o começo, mesmo que seja um fato comum, isto é uma questão de estado, porque demonstra uma debilidade no transporte de informações relevantes e sigilosas de uma empresa estratégica como a Petrobras", avaliou o ministro.

Tarso fez a declaração ao comentar a conclusão do inquérito da Polícia Federal que apurou o roubo de computadores da Petrobras com dados sigilosos sobre um campo de exploração de gás, descoberto recentemente. A PF constatou que houve crime comum e não de espionagem industrial.

O ministro se reuniu com o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, e com o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Lacerda, para avaliar os trabalhos de investigação do caso, uma vez que toda a apuração foi feita em conjunto entre PF e Abin.

"Essa debilidade vai ser avaliada agora, no interesse estratégico, pelos órgãos competentes. A Polícia Federal apurou que houve um roubo comum, e apurou os autores, e recuperou boa parte dos equipamentos", disse Corrêa, ao ser questionado sobre as providências que serão tomadas para superar o problema apontado por Tarso Genro.

Corrêa também informou que, entre as conclusões do inquérito, está a constatação de que as informações sigilosas dos computadores não foram passadas adiante. "No inquérito, fica claro que [as informações] não foram repassadas a terceiros. Isso está bem declarado, alguns, inclusive, destruíram, jogaram fora, até depois que deu essa visibilidade na mídia. Mas o interesse principal era do equipamento. Tanto que estavam naturalmente nas suas rotinas, com pessoas ligadas a eles próprios, esses equipamentos."

O ministro da Justiça também disse que a parceria entre a PF e a Abin deve continuar. "Esse regime de colaboração daquelas questões que considerarmos questões de estado vai continuar. E a visão que nós vamos continuar trabalhando é que, sobre empresas estratégicas, sejam elas públicas ou privadas, que detiverem informações relevantes para o país, isso tem a ver com questões importantes para o estado brasileiro e o nosso trabalho em conjunto vai facilitar muito a proteção dos interesses nacionais", ressaltou.

"As empresas estratégicas brasileiras têm que ser acompanhadas permanentemente e tudo o que pudermos fazer para ajudar e proteger essas empresas, nós, como governo brasileiro, temos a obrigação de fazer", reforçou o titular do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Jorge Armando Felix, que também participou do encontro.

Com informações da Agência Brasil.

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