Pesquisa divulgada nesta terça-feira (3/4) pela consultoria IT Data revela que 38% dos usuários domésticos pretendem adquirir neste ano um computador para ser utilizado por toda a família. Em comparação com o levantamento realizado no ano passado houve um crescimento muito grande da intenção de compra de um PC para uso pessoal. A empresa verificou, através de sua metodologia, que a principal atividade que os futuros compradores pretendem com a compra de um PC é se comunicar através de e-mail, messenger, orkut, skype e outros meios.
A IT Data ouviu 400 pessoas físicas que pretendem adquirir um desktop nos próximos meses. A metodologia utilizada para obtenção das informações foi um questionário pré-elaborado, respondido pelos entrevistados através de mala direta. Os entrevistados foram previamente selecionados de acordo com o sexo, residência (região geográfica) e idade. Esta metodologia foi utilizada porque a empresa notou que as respostas por telefone ou pela internet distorciam a real intenção de compra ou utilização do PC pelos entrevistados.
?Principalmente por telefone, as pessoas tendem a sentir-se ?obrigadas? a demonstrar um interesse e um grau de conhecimento que não têm. Além do fator pressa para terminar rapidamente a pesquisa, elas são levadas a distorcer suas respostas para que soem de maneira mais ?séria?, mas nem sempre verdadeira?, explica Ivair Rodrigues diretor de pesquisas da IT Data, ao dizer que, pela diferença de comportamento de compra e uso, foram aplicados diferentes questionários para aquelas pessoas que pretendem adquirir um desktop ou notebook.
Outra conclusão do estudo é que as classes mais baixas, com renda familiar abaixo de dez salários mínimos, conhecem menos sobre tecnologia, recorrem a conhecidos para a aquisição de um computador e o compram para ser utilizado pela família. O nível educacional é forte neste segmento. Por outro lado, constatou que as classes mais altas conhecem mais sobre tecnologia, usam a internet para buscar informações sobre produtos, tendem a ter um home-office para colocá-los e a utilização é mais pessoal.
No levantamento por região, a pesquisa verificou que no Nordeste os futuros compradores conhecem um pouco de tecnologia e que o preço e a existência de financiamento são aspectos importantes. Na região Sudeste, o ocorre a mesma coisa: o futuro consumidor conhece tão pouco o assunto tecnologia quanto a média nacional, embora valorize um pouco mais a marca.
A IT Data diz que ficou claro que o consumidor irá comprar o seu desktop sem o conhecimento mínimo adequado. Isso, segundo Rodrigues, explica porque o preço é o item mais considerado. ?O cliente não sabe diferenciar processadores, memórias, etc. Por outro lado, o benefício visual como o monitor LCD está sendo altamente solicitado pelos consumidores.?
Uma outra constatação da pesquisa é que o conhecimento em tecnologia do futuro comprador de notebook é apenas um pouco superior ao de desktop, ou seja, ele também não está preparado para realizar a compra do produto. Mas as mulheres estão mais interessadas na compra de um notebook do que os homens e elas querem um design diferenciado. A marca fará diferença na hora da compra.