O governo federal vai reestruturar a estratégia para área de tecnologia da informação dos órgãos federais. O Ministério do Planejamento apresentou nesta quinta-feira, 3, o plano para revisão da Estratégia Geral de Tecnologia da Informação (EGTI). Os novos objetivos e metas foram propostos para os dirigentes de TI dos órgãos federais, incluindo os correlatos e seccionais. A agenda valerá para o biênio 2014-2015 e prevê duas mudanças estruturais. A primeira é a elaboração participativa, ou seja, com propostas e demandas trazidas diretamente pelos órgãos, e a segunda é o alinhamento às estratégias do governo.
Antes da apresentação do plano de revisão, foram realizadas oficinas e discussões com os órgãos integrantes do Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação (Sisp). A partir desses encontros, foram levantadas demandas como, por exemplo, pessoal capacitado para gestão de TI nos órgãos federais. Assim, uma das metas da estratégia geral de TI é a realização de novos concursos públicos e a capacitação dos servidores que atuam na área.
Outra meta da EGTI é o compartilhamento de informações, seja de softwares e soluções eletrônicas desenvolvidas nos órgãos do governo ou de estratégias de gestão que otimizem o trabalho. "Precisamos entender a EGTI como uma política de Estado. Um dos desafios é replicar o conhecimento de TI. Sabemos, por exemplo, que existem órgãos que aplicam muito bem os seus recursos. Esse conhecimento precisa ser dividido", defendeu Loreni Foresti, secretária de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento.
Passado o período de discussão e ajuste, a nova versão da EGTI deverá ser apresentada oficialmente no dia 19 de maio. O documento também serve de subsídio para que os órgãos do Sisp elaborem seus planos diretores de tecnologia da informação. "Estamos diante de um projeto que provoca a melhoria da gestão e da prestação de serviços ao cidadão", explicou Valter Correia, assessor especial para modernização da gestão do Ministério do Planejamento.
Alinhamento
A sensibilização dos gestores de TI passa também pelo alinhamento às estratégias de governo. Outro objetivo importante é realização de compras compartilhadas. Atualmente, esse tipo de compra é obrigatória para alguns itens e serviços de uso comum na administração pública federal. A intenção é estender a prática a itens não obrigatórios. "Se houver a comunicação entre os gestores de TI, os órgãos podem voluntariamente se organizar e prever uma contratação conjunta", explicou Leonardo Boselli, diretor substituto do departamento de infraestrutura e serviços de rede do ministério.