Após aumento de ciberataques, conhecimento é ponto-chave para segurança virtual no pós-pandemia

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Acelerar o desenvolvimento de soluções tecnológicas foi uma das principais necessidades ao longo dos últimos anos, impulsionada pelas mudanças da pandemia. Mas esse crescimento repentino trouxe, também, uma preocupação para a área de Tecnologia da Informação, pois a quantidade de ataques cibernéticos a empresas cresceu na mesma proporção. Apenas em 2020, houve um aumento de 300% no número de ciberataques no setor privado em todo o mundo, segundo um levantamento feito pela EY.  

Esses dados fizeram com que as organizações sentissem a urgente necessidade de se adequar aos novos modelos de consumo e negócios, prezando pela segurança e pela privacidade das informações armazenadas no ambiente virtual. Dessa forma, o tema da cibersegurança se tornou um dos pontos-chave para a continuidade da transformação digital. Mas ainda é muito cedo para considerar que novas soluções irão evitar a ocorrência de qualquer novo tipo de ataque no mundo digital.  

Pelo contrário. Como profissional do setor, o que acredito é que, assim como temos a capacidade de reaprender e desenvolver novos produtos a todo o momento, o cibercrime também tem. No entanto, podemos trabalhar na tentativa de prever possíveis novos problemas para, antes mesmo de nos depararmos com esses riscos, encontrarmos soluções capazes de mitigá-los. Assim, vamos seguir utilizando a internet e nossos dispositivos eletrônicos para estudar, trabalhar e fazer negócios virtualmente mantendo a segurança dos nossos dados e a privacidade de acesso a essas informações.  

O que vislumbro para um futuro não muito distante será o incremento, cada vez maior, das atividades online voltadas para o consumo, estudo e diversão ano após ano. Desde que a pandemia iniciou, a quantidade de transações físicas tem diminuído drasticamente, enquanto que as negociações virtuais só crescem. Portanto, é fundamental que sigamos trabalhando no desenvolvimento de soluções robustas de segurança – algo que, aqui na Infosys, já vínhamos fazendo antes mesmo do período pandêmico, focados em auxiliar nossos clientes e parceiros nessa jornada de transformação digital segura.  

Além disso, a mitigação de riscos também passa por uma etapa muito importante dentro dessa cadeia de consumo digital: a conscientização. É preciso conhecer cada vez mais os riscos do mundo virtual e como prevenir ciberataques dentro de sistemas robustos. O levantamento feito pela EY, inclusive, mostrou que os casos de phishing – em que mensagens falsas são enviadas na tentativa de obter informações confidenciais, como nome de usuário, senha e até dados financeiros, por exemplo – foram responsáveis por 69% dos ataques.  

Outros dois tipos de ataques citados foram o malware (54%), que envolve roubo de dados e comprometimento do ambiente de TI, e os ataques de negação de serviço (59%). Por isso, acredito que é preciso que as empresas invistam cada vez mais em proteção de dados e cibersegurança, mas que também possam contar com novas legislações que auxiliem nessa toada. Um exemplo dessa mudança, que já podemos ver no Brasil, é a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrou em vigor em 2020 e que tem sido crucial nessa modernização de normas visando o ambiente virtual.  

Portanto, ter confiança e contar com os recursos necessários para realizar as atividades de transformação digital, incluindo migração para a nuvem e modernização de aplicações, será fundamental para que sigamos provendo soluções cada vez melhores e seguras.  

Glauco Volpe, Cloud & Infrastructure Services Head da Infosys Brasil. 

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