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Smartphone: será que já vivemos o futuro?

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No início no ano, escrevi a respeito das possibilidades de uso do grafeno, uma das formas cristalinas do carbono, possibilitando a produção de elementos muito resistentes, leves e quase transparentes, sendo ainda um excelente condutor de eletricidade e calor. Falei também do grafino, um primo do grafeno, com uma disposição de átomos em vários formatos e padrões, podendo fornecer uma maior possibilidade de uso. As pesquisas com grafino ainda são muito poucas, mas acredita-se que pode oferecer produtos mais baratos e flexíveis que o grafeno. O desafio que observo é um manuseio mais complexo para o grafino, devido a maior complexidade nas conexões dos átomos de carbono, o que certamente dificulta sua comercialização com as tecnologias atuais.

Entretanto, grafeno não é algo realmente novo. Se voltarmos no passado, podemos até dizer que ele começou a ser descoberto em 1962, com os estudos dos nanotubos de carbono. Mas foi em 2010, com os experimentos de Andre Geim e Konstantin Novoselov (Universidade de Manchester, Inglaterra), que realmente tivemos o destaque que estava faltando. Isto chamou a atenção de grandes empresas como a Samsung, por razões simples: quando observamos as propriedades condutoras, é fácil ver que o grafeno pode substituir o silício na produção de processadores, podendo chegar a processadores com mais de 500Ghz de velocidade.

Este tipo de visão é realmente empolgante e me faz sempre procurar novas tecnologias. Já algum tempo acompanho o uso destas tecnologias inovadoras, mas quando falei das possibilidades de uso do grafeno, muitos me disseram que estava vendo muito filme de ficção científica no estilo Star Trek, ou que morreria sem ver nenhuma das aplicações que comentei. Para a minha alegria, a Samsung, em abril de 2014, anunciou que já conhecia os métodos para a produção do grafeno em larga escala. Pude respirar mais aliviado!

Ainda quero acreditar que o futuro está ficando cada vez mais próximo. Veja que o passado recente (2013) mostra que já tínhamos a exibição de protótipos de smartphones com telas flexíveis em superfícies tão finas como a de um papel. Dispositivos fornecidos com o lançamento da tecnologia OLED (Organic Light-Emitting Diode/Diodo Emissor de Luz Orgânico), que inspirou a criação das telas YOUM (um plástico extremamente resistente e flexível baseado em AMOLED), que em termos gerais, é uma matriz orgânica emissora de luz composta de várias camadas.

Produtos baseados em OLED já estão presentes nas prateleiras ou expostos para a nossa visualização há algum tempo na figura de TVs, câmeras fotográficas e headsets (óculos 3D de realidade virtual). Verdade é que tais dispositivos ofertam uma qualidade muito superior as tecnologias baseadas em plasma ou LCD, aproximando do que poderíamos chamar de “realidade”.

Se formos avaliar somente os protótipos, concluímos que vivemos um momento onde a realidade já acompanha a ficção. Mas quando questionamos a respeito dos custos e volumetria de produção, vemos que alguns ajustes ainda precisam ser feitos. E acredito que serão. Não acredito que esperarei até meus 90 anos para segurar um smartphone com telas flexíveis transformando-se em um tablet, mas acredito que ainda brincarei com meus netos antes desta data usando algo bem parecido.

Denis Augusto Araújo de Souza, arquiteto de Soluções do UOL Diveo, autor do primeiro livro em português sobre FreeBSD, O Poder dos Servidores em Suas Mãos, pela editora Novatec . Segunda edição: ebook publicado pela Amazon.com

Links Indicados:
? Uso do grafeno em 50 anos: http://www.youtube.com/watch?v=v4cKDzTyOek
? Sony – Projeto Morpheus: https://www.youtube.com/watch?v=ygkAlE51pds
? Possibilidades de uso para smartphones: http://www.youtube.com/watch?v=AMfmnvXX_9Q

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