O Banco do Brasil está vivendo a sua jornada para integrar a IA e IA generativa em seus processos, como explicado por Giuliane Paulista, Executive Manager for IA, Governança de Dados e Modelos do banco, durante sua palestra no Cloudera Evolve 2024. O foco da instituição financeira é utilizar tecnologias avançadas para otimizar operações e oferecer uma experiência aprimorada aos seus clientes.
Um dos principais exemplos de inovação é a aplicação da IA generativa na criação de soluções para micro e pequenas empresas. Giuliane mencionou que, até o momento, mais de 200 mil recomendações foram geradas utilizando IA, oferecendo uma experiência personalizada para os clientes e criando valor na relação com o banco. Além disso, a IA também está sendo usada no processo de onboarding, economizando mais de 40 mil horas de trabalho com automação de verificações de identidade e documentos.
A jornada de digitalização do banco iniciou 10 anos atrás, com a implementação de estratégias de Big Data e a criação de uma equipe dedicada a decisões estratégicas baseadas em dados. Segundo Giuliane, o banco investiu fortemente em capacitação de seus funcionários, além de uma infraestrutura robusta para suportar a nova era de digitalização e IA.
Entre os pilares dessa transformação, a executiva destacou os “3 Ps”: processos, pessoas e políticas, todos integrados com tecnologia. Esses elementos são fundamentais para que o BB amplie seus casos de uso e consiga gerar cada vez mais valor a partir da análise de dados e da aplicação de IA.
O pilar pessoas segue como um importante foco nesse processo. Através da AcademIA BB, o banco busca treinar seus mais de 125 mil colaboradores em IA e análise de dados, democratizando o acesso ao conhecimento e promovendo uma cultura orientada por dados. Giuliane destacou que 40% dos inscritos no programa são mulheres, refletindo o compromisso do BB com a diversidade e a inclusão na área tecnológica.
Proteção de dados e governança
Com a crescente aplicação de IA, o Banco do Brasil também tem enfrentado os desafios relacionados à governança de dados e à segurança das informações. Giuliane ressaltou que o banco tem aprimorado seu ecossistema de governança para lidar com questões como privacidade, vazamento de dados e alucinações em chatbots.
Para isso o banco garante que todos os fluxos de IA passem por aprovações rigorosas antes de serem colocados em produção.