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Blockchain: tecnologia aberta para mudar o mundo – um bloco de cada vez

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“Vez ou outra, uma tecnologia realmente revolucionária surge e sempre nos leva a lugares que nunca imaginamos. Vimos esse cenário com o motor a combustão, telefone, computadores e, é claro, com a internet. E agora, mais uma dessas revoluções está prestes a nos transformar -e ela é a tecnologia de Blockchain”.

A frase acima é a fala de abertura de Mike Schwartz, especialista em Blockchain, em palestra pelo TED Institute, em Paris, em maio de 2016. Mike prevê que essa tecnologia, se tudo correr como planejado, pode desencadear a primeira grande revolução da era da informação.

Resumir o que é Blockchain é correr o risco de simplificar algo com capacidades ainda desconhecidas de expansão. Em todo o caso, a tecnologia pode ser vista como uma nova maneira de armazenar e gravar transações. É parecida com um banco de dados tradicional, mas as informações são gravadas em blocos que estão ligados entre si por meio de “nós”, seguros através de matemática complexa e criptografia, com o objetivo de se certificar que são à prova de fraudes. Cada bloco em um Blockchain é um código que armazena algum tipo de dado (contratos, dinheiro, patentes, certificado de propriedade, declaração de autenticidade, comprovantes financeiros etc.).

Apostas e investimentos

A tecnologia atual permite que nos comuniquemos com pessoas ao redor do mundo. Mandamos mensagens, e-mails, vídeos, imagens e áudios diretamente para remetentes diversos, de forma segura e confiável. Mas quando esse processo envolve dinheiro, a transação só é validada se uma terceira parte entrar na equação: bancos e governos, por exemplo. Com Blockchain, essas transações podem acontecer de maneira direta, em um banco de dados aberto e descentralizado, no qual a própria rede de usuários verifica a autenticidade das transações -que são únicas, inalteráveis, rastreáveis e marcadas digitalmente, e que podem envolver não somente cifras, mas contratos, imóveis, posses em geral. Há quem aposte até em votações eleitorais e em pagamento de impostos através de Blockchain.

No entanto, o cenário é nebuloso para quem lida com Blockchain. Ainda existe desinformação e receio por parte de executivos, CIO se profissionais de TI. Assim, é formado um terreno fértil e promissor para as Fintechs. Com investidas de gigantes da tecnologia para desvendar as possibilidades do Blockchain, startups financeiras também podem se beneficiar de suas estruturas enxutas e criativas para estudar modelos eficientes de usos da tecnologia de blocos.

Complexidade na implementação

A implementação de uma aplicação utilizando Blockchain ainda é tecnicamente complexa, pois há pouca tecnologia, componentes, padrões e frameworks disponíveis. Isto significa que empresas que se aventuram pela tecnologia têm feito implementações proprietárias. Todavia, surge por todo o mundo iniciativas de projetos de código aberto. Entre elas, há o Hyperledger, projeto da The Linux Foundation que reúne nomes como Intel, IBM, Hitachi, Digital Asset, Accenture, JP Morgan, CME Groupe Deutsche Börse, entre outras organizações que têm aderido à iniciativa. Outro projeto no qual vale ficar de olho é o consórcio R3, constituído por 60 instituições da indústria financeira, incluindo Itaú e Bradesco, empresas de tecnologia e especialistas em Blockchain, com o objetivo de desenvolver aplicações comerciais baseadas na tecnologia. A bolsa brasileira BM&FBOVESPA, inclusive, foi a primeira bolsa de valores do mundo a entrar no programa . O R3 também participa colaborativamente com o Hyperledger: Estão no consórcio empresas como BBVA, Barclays, Credit Suisse, Santander e Morgan Stanley, entre outras.

Muito além do Bitcoin

Inicialmente, Blockchain era visto quase que exclusivamente como a estrutura computacional por trás da moeda virtual Bitcoin. Sobre isso, Jerry Cuomo, executivo da IBM, disse: “Se há 100% de oportunidade no Blockchain, Bitcoin representa apenas 1% disso“. 

Faça o teste: escreva o nome de uma indústria qualquer no Google ao lado da palavra “Blockchain”. As chances são enormes de pularem em sua tela resultados com termos relacionados a solucionar problemas, mudar paradigmas, reinventar processos, revolucionar setores, entre outros. Energia solar, streaming de música, seguros, locação de carros, rastreamento de diamantes, agricultura, proteção ambiental. A lista com que Blockchain tem se envolvido atualmente, com experimentos promissores, é enorme.

Basicamente, num futuro em que essa tecnologia esteja mais desvendada e popularizada, todo setor imaginável deve se beneficiar dela -e a indústria financeira tem.

Leonardo dos Reis Vilela, CEO da Cedro Technologies.

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