Durante a Jornada para a Nuvem, os profissionais de Tecnologia da Informação e tomadores de decisões se deparam com um grande desafio: escolher qual provedor e ou qual a combinação de nuvens é a mais indicada levando em consideração, dentre outros fatores, a necessidade do negócio. Para isso, é essencial uma abordagem centrada nas aplicações e não somente em requisitos tradicionais de infraestrutura.
Existem diversas opções de clouds: públicas, privadas e híbridas – e dentro delas serviços e tecnologias diversas, tais como container, Serverless, entre outros. Além disso, uma infinidade de modelos de gerenciamento desses ambientes. Dependendo do tipo de aplicação ou requisito de negócio, podemos comparar o que privadas, públicas e híbridas podem oferecer.
Um dos recursos mais procurados, principalmente nas nuvens públicas, é a elasticidade – também conhecida como a possibilidade de adicionar, ampliar e até mesmo reduzir a capacidade computacional a qualquer momento mediante uma mudança nos requisitos do negócio ou da aplicação.
Como saber quais recursos utilizar e quanto de capacidade de cada uma dessas nuvens será necessário para que as aplicações rodem perfeitamente? Para responder essa pergunta, separei 5 passos importantes que podem lhe ajudar na hora de tomar uma decisão:
Avalie profundamente cada aplicação: algumas aplicações não possuem o grau de maturidade necessário para nuvem e/ou possuem "travas" a sistemas legados da corporação e a migração para a nuvem pode não ser possível.
Determine quais os serviços necessários e desejáveis: ao escolher um fornecedor de serviços em nuvem, apenas um tamanho não serve para todos. É importante ter em mente o tipo de plataforma de nuvem, a interoperabilidade, funcionalidade e desempenho que você deseja. Dica: confirme se o seu fornecedor de serviço de nuvem é escalável para suportar suas necessidades crescentes de dados.
Confira cuidadosamente todas as políticas do fornecedor de cloud computing para verificar se tudo está enquadrado nos requerimentos da empresa. Esse fator varia absurdamente em diferentes fornecedores do mercado.
Determine o nível de segurança adequado às suas necessidades de negócios. Com o crescente aumento das violações de segurança, é crucial escolher um parceiro de serde nuvem com protocolos de segurança bem definidos. Se a sua empresa lida com dados sensíveis, você precisa escolher um parceiro de serviço em nuvem que está em conformidade com as normas de segurança vigentes em sua indústria. Por exemplo, se você lida com informações financeiras, é fundamental que o seu parceiro tenha certificações como o PCI, que se aplica a todas as empresas que processam, transmitem ou armazenam dados de cartão de crédito.
Verifique seu orçamento. Existe um gap de transparência nos custos em fornecedores de serviços em nuvem. Por isso, é preciso analisar cuidadosamente os acordos comerciais para evitar taxas escondidas e custos adicionais.
O caminho natural da adoção de um sistema de nuvem é totalmente dependente da maturidade tecnológica da empresa e, normalmente, passa de uma estrutura tradicional para uma virtualização antes de ir para uma nuvem privada. É necessário uma avaliação criteriosa com uma abordagem centrada em aplicações.
Considere que uma abordagem híbrida pode ser a chave para equilibrar os benefícios e os riscos de nuvens públicas e privada, como uma forma de tirar proveito do melhor dos dois mundos (nuvem privada e pública). Um dos maiores ganhos é a transferência para o modelo de pagamento dos serviços baseados em "pagar-para-uso", sendo este um benefício que impacta diretamente no planejamento financeiro e nas estimativas de custo para manutenção do ambiente.
Conte com um parceiro qualificado para lhe apoiar nesta jornada. Arquitetar nuvens é uma tarefa que exige especialização e experiência.
Tullio Bertoldi Christianini, gerente de arquitetura de soluções na Mandic Cloud Solutions.