Estudo mostra que Covid-19 empurrou e-commerce para a nuvem pública

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A pandemia de Covid-19 impactou fortemente alguns setores verticais no Brasil, forçando o comércio eletrônico e a rápida adoção da nuvem pública, é o que aponta o estudo inédito ISG Provider Lens Public Cloud – Solutions and Services Report Brazil 2020, divulgado nesta terça-feira, 1º, pela Information Services Group (ISG).

Na semana pós Black Friday e no período de vendas de Natal, o autor da pesquisa ISG, Pedro L. Bicudo Maschio, diz que é importante ressaltar que não só as empresas de varejo, mas todas as de compra online migraram mais rapidamente para a nuvem em razão da pandemia com uma velocidade muito maior que no ano passado, e isso deve ter um impacto forte nas vendas deste ano, garantindo o funcionamento e maior agilidade.

Pedro explica: "A grande vantagem de migrar para a nuvem é que você pode escalar mais rapidamente seus recursos e ganhar performance e mais desempenho, além de conseguir fazer todo o gerenciamento de forma segura e remota. O exemplo que temos nesta semana com a Black Friday é que a nuvem agrega valor para as empresas, ofertando a capacidade de escalar num momento em que se tem um aumento abrupto de utilização por conta das promoções. A nuvem consegue responder a isso com segurança. Já quem manteve seus serviços internos, pode ter mais dificuldades em atender os seus clientes. O que reportamos no estudo deste ano, foi uma aceleração da adoção da nuvem e certamente isso deve refletir nas vendas do e-commerce de 2020".

Segundo Omar Tabach, sócio diretor da TGT Consult, "o grande desafio de 2020 para nossos clientes foi previsibilidade e planejamento, enquanto a demanda em algumas linhas de produtos foram a zero, em outras foram a 200% ou 300% dos volumes tradicionais, isto obrigou as empresas adotarem uma cadeia de suprimentos mais flexível. Este impacto se estendeu para os sistemas de tecnologia de informação que foram impactados demandando flexibilidade e escalabilidade urgente, neste momento a infraestrutura em nuvem é o fator viabilizador desta demanda".

O estudo ISG Provider Lens Public Cloud – Solutions and Services Report Brazil 2020 ainda destaca que, de uma perspectiva de demanda de serviço em nuvem, o mercado relata um interesse crescente em computação sem servidor e gerenciamento de contêiner. No ano passado, as tendências em torno da Inteligência Artificial e da computação cognitiva continuaram evoluindo em direção à maturidade. Para alavancar essas inovações, as empresas estão exigindo mais transformação de aplicativos.

Outro ponto importante é a preferência das grandes empresas por várias nuvens: 'uma clara tendência', diz o relatório. Os clientes preferem as melhores soluções e estão cada vez mais interessados em provedores de serviços que possam ajudá-los a verificar vulnerabilidades e cumprir regulamentações como a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais do Brasil. No entanto, alguns estudos de caso mostram que a maioria das empresas ainda tem um provedor preferencial para a maior parte de suas cargas de trabalho de computação.

O levantamento também mostra um número crescente de empresas brasileiras trocando de provedores de serviços de nuvem pública gerenciados durante o ano passado, à medida que as empresas buscam obter os melhores serviços a um preço competitivo. Um dos principais diferenciais é a gestão de custos, que se tornou uma grande prioridade durante a pandemia. Os provedores titulares que se concentraram em ajudar os clientes a otimizar os recursos da nuvem e reduzir os custos mensais tiveram maior retenção de clientes.

Na área de infraestrutura e plataforma de hyperscale, o relatório aponta o multicloud como uma tendência de mercado. "No entanto, os estudos de caso relatados mostram que as empresas têm uma nuvem pública preferida para a maioria de suas cargas de trabalho de computação e usam outras nuvens para aplicativos específicos, SaaS ou economia de custos. No mercado de grandes contas, muitas empresas têm grandes bancos de dados, resultando em combinações de várias nuvens onde os aplicativos front-end são executados em uma nuvem e o grande banco de dados é executado em outra para a melhor solução do mercado a um custo ideal. Conexões rápidas entre nuvens permitem esses arranjos. O Brasil é um mercado de nuvem muito competitivo com hiperscaladores que oferecem mais de 15 locais de data center em nuvem", diz o relatório.

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