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IoT aumenta eficiência da área de saúde

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Já está em fase de desenvolvimento o primeiro lote de aproximadamente 1.300 unidades do dispositivo ATAS O2, criado com o objetivo de gerenciar o estoque e o consumo de oxigênio medicinal distribuído por meio de cilindros para pacientes em home care, hospitais ou unidades de saúde. O equipamento foi criado sob o conceito da Internet das Coisas (IoT), usando a tecnologia Sigfox, por meio de uma parceria entre o CESAR, um dos maiores centros de inovação do país, e a Salvus, startup especializada em tecnologias emergentes para a área de saúde.

A solução foi selecionada no edital “Pilotos em IoT”, aberto pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) com o objetivo de testar soluções de IoT em larga escala na área de saúde, para avaliar a relação custo-benefício. Como resultado, o projeto recebeu um investimento de R$ 1 milhão da entidade para acelerar seu desenvolvimento. Além disso, ele teve um aporte de recursos da Embrapii, por intermédio do CESAR, que é a unidade Embrapii para Produtos Conectados, e da própria Salvus.

A gerente de negócios do CESAR, Karina de Sá Spinelli, explica que o uso dos dispositivos (ATAS O2) conectados tem como objetivos básicos a possibilidade de prever com maior antecedência a necessidade de reposição dos cilindros instalados nas casas dos pacientes e nas unidades de saúde, além de possibilitar o acompanhamento com precisão da quantidade de oxigênio que está sendo consumida por eles.

Desta forma, uma das metas do projeto é gerar um aumento de, no mínimo,15% de eficiência na cadeia produtiva e de consumo de oxigênio dos cenários em que a solução será testada. Outra preocupação que o projeto tem como foco é a eficácia dos procedimentos médicos.

Dentre as doenças que em sua condução terapêutica é necessária a utilização do oxigênio medicinal, destacamos a DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) que de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) afeta mais de 210 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia apontam que mais de 6 milhões de pessoas possuem a doença, sendo que apenas 18% foram diagnosticadas e seguem de alguma forma o tratamento. A DPOC é o quarto motivo em internações nos sistemas públicos do país e a terceira causa de mortes no mundo.

Segundo relatório do Gold COPD, somando apenas os custos diretos e indiretos, da União Europeia e Estados Unidos, essa doença tem um impacto financeiro de mais de U$85 bilhões de dólares. Em 2018 o SUS registrou mais de 110 mil internações emergenciais, motivadas principalmente pelo não tratamento e reabilitação, com um custo direto de mais de R$100 milhões.

De acordo com o CEO da Salvus, Maristone Gomes, a inspiração do projeto veio de experiências pessoais relacionadas à dificuldade na gestão de dados de saúde dos seus familiares. “Desenvolvemos a solução para evitar a perda de informações, gerar maior eficiência na gestão dos pacientes, e, ao mesmo tempo, evitar eventuais prejuízos financeiros às instituições de saúde”, afirma.

Por meio de um dispositivo acoplado nos cilindros, os sensores conseguem monitorar como está o fluxo de oxigênio e obter as respostas desejadas. A tecnologia escolhida para a conexão dos dispositivos foi a Sigfox, fornecida pela WND – operadora que provê a tecnologia no Brasil. A rede operada pela WND com a tecnologia Sigfox é exclusiva para IoT com ampla cobertura no território nacional, tendo hoje mais de 150 milhões de mensagens trafegadas por mês.

“É com prazer que apoiamos a Salvus e ao CESAR neste importante projeto. Ele prova que há necessidades de mercado melhor atendidas por tecnologias LPWA, como Sigfox, e que a infraestrutura e o ecossistema para a Internet das Coisas já está disponível no Brasil, pronta para suportar modelos de negócio inovadores”, diz José Almeida, CTO da WND.

O primeiro lote com mais de mil unidades produzidos com essa tecnologia será distribuído e validado entre a Saúde Residência, uma das referências no atendimento em sistema home care no Recife, que é a parceira demandante do projeto, e outras unidades de saúde (home care e hospitais) no Recife e em São Paulo.

Após um período de testes com pacientes reais, o projeto prevê a emissão de um relatório público por meio de uma empresa avaliadora que analisará aspectos técnicos e de custo-benefício da solução.

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