Tecnologia emergentes, como inteligência artificial, realidade aumentada e realidade virtual, já impactam o comportamento de torcedores e fãs das diferentes modalidades de esportes. Elaborado pelo Capgemini Research Institute, o relatório "Emerging Technologies in Sports: Reimagining the Fan Experience" (em tradução livre, "Tecnologias Emergentes no Esporte: Reimaginando a Experiência dos Fãs") revela que, para 69% dos fãs, o uso de tecnologias emergentes, aprimorou sua experiência geral de visualização dentro e fora dos estádios. Uma experiência positiva de como as tecnologias também incrementam o engajamento geral dos fãs.
Dos entrevistados que gostaram de suas experiências tecnológicas, 56% disseram que iriam a mais jogos físicos no estádio de seu time como resultado e 60% disseram que veriam mais jogos online. Quase metade dos fãs (49%) aumentou seus gastos com mercadorias da equipe após uma boa experiência e 42% fizeram esse gasto subir algumas vezes, enquanto 92% disseram que aumentaram seus gastos em assinaturas online para assistir as partidas — com frequência ou poucas vezes. O relatório também mostra que os fãs que experimentaram tecnologias emergentes durante uma recente visita a um estádio estão mais satisfeitos com sua experiência geral, destacando uma diferença de 25 pontos no NPS® (1) (Net Promoter Score) entre os fãs que experimentaram tecnologias emergentes e aqueles que não as têm.
Os fãs de países asiáticos — incluindo Índia, Hong Kong e Cingapura — lideram a adoção e aceitação de tecnologias emergentes no esporte. Quase três quartos dos fãs asiáticos (74%) experimentaram o uso de tecnologias emergentes no estádio, com a Índia liderando com 88%. No entanto, isso cai para 56% nos Estados Unidos, 50% na Alemanha e abaixo dos 50% no Canadá, França, Reino Unido e Austrália. Além disso, 71% dos torcedores asiáticos disseram que estariam dispostos a pagar mais se as novas tecnologias melhorassem sua experiência no estádio, em comparação com 40% dos torcedores norte-americanos, 34% dos torcedores europeus e 33% dos torcedores australianos.
As tecnologias emergentes também podem converter e atualizar mais fãs para se tornarem fãs ávidos (2), que geram mais negócios e propaganda positiva por ter uma boa experiência esportiva habilitada pela tecnologia. Por exemplo, 73% dos fãs ávidos assistem a mais partidas após uma boa experiência tecnológica, em comparação com 50% do restante, e quase três quartos dos fãs ávidos assistem a uma partida no estádio quando seu time favorito está jogando.
Os atletas estão usando cada vez mais uma variedade de tecnologias emergentes para atividades, incluindo treinamento, prevenção de lesões e tracking de desempenho. Por exemplo, a Zone7, uma empresa que utiliza dados e análises para identificar e evitar possíveis lesões com risco de carreira para atletas, alcançou 95% de precisão na previsão de lesões e conseguiu reduzir em 75% as lesões em potencial.
De acordo com o relatório, as organizações esportivas de todo o mundo agora têm uma grande oportunidade de explorar as expectativas dos consumidores em evolução e tornar o envolvimento dos fãs muito mais personalizado. De acordo com o novo relatório, as organizações podem se concentrar nas seguintes áreas para adotar e otimizar tecnologias emergentes no esporte:
• Tranquilize os fãs quanto ao uso de dados pessoais, buscando consentimento sempre que possível no uso de dados, sendo transparente sobre o uso e a proteção dos dados do consumidor e demonstrando o valor que os consumidores têm a ganhar com essa troca de dados;
• Identifique as necessidades do usuário antes de investir e implantação de tecnologias emergentes;
• Converta mais fãs como "fãs ávidos", definindo uma experiência de fã digital e oferecendo experiências "hiperpersonalizadas",
• Construa práticas, capacidades e transforme a cultura organizacional investindo em uma cultura digital, habilidades e compartilhamento cruzado de informações entre organizações esportivas para gerar maior inovação.
Metodologia do relatório
O Instituto de Pesquisa Capgemini entrevistou 10.363 fãs de esportes em 9 países sobre o impacto das tecnologias digitais nos fãs e o futuro do esporte. O Instituto também conduziu entrevistas detalhadas com mais de 20 especialistas do setor, atletas esportivos e executivos de startups para entender como as tecnologias digitais podem melhorar o desempenho dos atletas.