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A era da economia digital e 3ª plataforma de tecnologia

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Aos 43 anos, muitos deles dedicados ao mundo da tecnologia da informação para os negócios, posso dizer que a chegada da terceira plataforma nomeia a característica principal do executivo de TI: é preciso ter alma de “start up”.

A primeira plataforma foi dominada pelos Mainframes, a segunda pelos PC, Redes Locais e Internet. Já a terceira é a plataforma de tecnologia construída sobre os conceitos de Cloud Computing, Big Data, Mobile e Redes Sociais.  

Vi o final da época de ouro da 1ª plataforma; vivenciei o nascimento, o crescimento e a maturidade da segunda; e estamos todos aqui na criação da terceira. Em todas elas o mesmo pilar para construir alguma coisa de valor: conhecimento, atitude e habilidade.

Uma das estratégias que utilizo para manter a mente aberta é ver o mundo pelos olhos das minhas filhas (12 e 9 anos).  Por exemplo, há quatro anos conversando com a mais velha, citei Bill Gates como um dos homens mais ricos do mundo.Ela, imediatamente, me perguntou se ele era o “cara” que tinha inventado o Google. Eu neguei e tentei explicar o que era o Windows e o Office, mas o interesse já não era o mesmo. Com isso ficou claro para mim que a internet era o importante para ela, a “usabilidade”. A partir dessa conversa, tive o “insight” de que a computação na Nuvem seria o futuro.

O mundo dos negócios está muito mais digital e tem os seus processos centrais cada vez mais alicerçados em tecnologia. Estudos do Boston Consulting Grouprealizados, divulgados em 2012, indicam que em 2010 os negócios baseados em Internet equivaliam a 4,1% do PIB do G20, ou US$ 2,3 trilhões, ultrapassando, portanto, a economia do Brasil. Segundo o mesmo estudo, em 2016 a economia da Internet equivalerá a US$ 4,5 trilhões, a frente do PIB da Alemanha.

No Reino Unido, onde a internet já representa 8% do PIB, as estatísticas mostram claramente que as PME (pequenas e médias empresas) que têm presença (marketing, vendas ou algum processo central de negócio) na Web e em dispositivos móveis estão crescendo numa velocidade três vezes mais rápida que as que estão exclusivamente no mundo físico.  Teremos, no final de 2015, quase 3 bilhões de pessoas conectadas!

São novos também os devices. Já utilizamos mais o tablet e o smartphone que o PC. Isso tudo mostra que a tecnologia está em constante mudança e contribuindo para evolução dos negócios e que as plataformas são ondas tecnológicas que dominam um período. 

Para aproveitar essa onda, as empresas precisam de I2T, ou seja uma área de Informação, Inteligência Competitiva e Tecnologia, que depois  um amigo PhD,   sugeriu mudar para I3T – Informação, Inteligência Competitiva, Inovação e  Tecnologia.

Os pilares da 3ª Plataforma estão bem discutidos. Já existe uma massa crítica sobre soluções na nuvem, incluindo infraestrutura (IaaS),  plataforma (PaaS) e software (SaaS), dentre outros.  Essa massa inclui o ganho de escala e mobilidade proporcionado pelas soluções Cloud, também aplicativos para dispositivos móveis, Big Data e redes sociais.

A contribuição adicional seria sobre a segmentação das soluções por indústria, e acredito que a ampliação de oferta de soluções completas e flexíveis para um determinado segmento de mercado irá proporcionar um salto de produtividade e competitividade. Basta verificar as publicações de negócios e os rankings de maiores e melhores empresas paraperceber que os indicadores de avaliação de desempenho são específicos por indústria, bem como os parâmetros de avaliação de resultado.  Por exemplo, sempre que vemos uma entrevista de um executivo de companhia aérea é discutido o índice de ocupação das aeronaves e supõe-se que quanto mais alto esse índice, melhores são os processos operacionais. 

Detalhando o conceito, os fornecedores de ERP poderiam lançar suas soluções segmentadas e especializadas por indústria e na nuvem.   Teremos, por exemplo, um sistema para empresas de transporte de passageiros que cobriria toda a cadeia de valor, da venda da passagem, passando pela logística operacional e pelos processos de apoio. Esse sistema estará na nuvem, com interface para Web e para dispositivos móveis e será componentizado, de forma que cada empresa possa escolher os módulos que lhe interessarem.

Por outro lado, fornecedores de soluções de analytIcs poderiam oferecer soluções de largo espectro, que varia de dashboards de controles, scorecards, Olap, até mining em tempo real e também segmentada e especializada por ramo de negócio. Ou seja, ofereceria componentes para gerar painéis gerenciais com indicadores específicos para empresas de transporte, bem como soluções “a quente” que façam ofertas e fechem negócios em tempo real para os clientes da empresa, como hospedagem e aluguel de carros.  

Tudo isso suportado por PaaS que deve incluir serviços como autenticação, barramento de dados e  e-mail.

Concluindo, o reordenamento das soluções de forma a aumentar a especialização dos fornecedores de tecnologia em segmentos de negócio, alicerçado na terceira plataforma e na componentização poderá criar uma ambiente altamente propicio para o aumento da produtividade e dinamismo das economias, criando benefícios sustentados para as empresas, para a indústria de TI e para os consumidores.

Rodrigo Oliveira Cantelli,  diretor de TI do Banco Bonsucesso

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