Administradoras de cartões definem padrão de segurança para lojas virtuais

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As compras de bens de consumo no Brasil feitas por meio de transações on-line somaram R$ 4,4 bilhões em 2006, um crescimento de aproximadamente 76% em relação ao ano anterior. De acordo com a e-bit, empresa de pesquisa de marketing on-line, o número foi R$ 100 milhões acima do esperado para o período. Para este ano a previsão é que o setor de comércio eletrônico cresça 45%, atingindo a marca de R$ 6,4 bilhões de faturamento com bens de consumo.

O principal fator que impulsionou essa demanda e deve continuar contribuindo no crescimento do e-commerce brasileiro, segundo a e-bit, é a entrada de novos adeptos às compras virtuais. Em dezembro de 2005 existiam no Brasil cerca de 4,8 milhões de e-consumidores, segundo a empresa. Em 2006, houve alta de 46% e o número chegou a 7 milhões de pessoas. ?Porém, mesmo com tantas atrativos como opções de pagamento, preços, diversidade de produtos e entrega em casa, a segurança no momento da compra é uma das grandes preocupações dos varejistas?, afirma o especialista em segurança digital e diretor da OS&T Informática, Sérgio Leandro.

Para estabelecer um padrão de segurança nas lojas virtuais, um comitê da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Camara-e.net) acaba de anunciar que apoiará os esforços da indústria de cartões, principais bandeiras do setor, para que as lojas de varejo eletrônico adotem o padrão PCI-DSS (payment card industry-data security standard) em suas estruturas de tecnologia. O objetivo é reduzir a possibilidade da aplicação de golpes por esse meio de pagamento. O PCI estabelece ações de controles que deverão ser implantadas por varejistas, companhias de comércio on-line, processadores de dados e outros negócios. Ele também expõe a necessidade da criptografia de dados, o controle do acesso dos usuários finais e o monitoramento de atividades e processos judiciais.

?O Brasil já necessitava de uma iniciativa como essa, pois os varejistas precisam adotar um padrão mínimo de segurança. Ao entrar em uma loja virtual, o usuário precisa de uma identificação que assegure ao menos preocupações básicas com a segurança dos dados. Realizar vendas pela internet é colocar em risco o próprio negócio, se não for administrado de forma segura e os dados confidenciais dos clientes como número de documentos, dados bancários e senhas?, acrescenta Leandro.

A preocupação não deve partir apenas dos grandes varejistas. Dados da Câmara-e.net mostram que no país já existem 14,9 mil pequenas e médias empresas que usam a internet para vendas.

Segundo Leandro, são esses portais de e-commerce o grande alvo dos fraudadores. ?Por não terem infra-estrutura adequada para as transações on-line se tornam alvos mais fáceis para o ataque. Toda loja de e-commerce precisa ter como sistema básico de segurança um sistema de criptografia, validação de números de cartão de crédito e documentos pessoais e gerenciamento continuo da segurança das informações, o que dificultará o acesso dos invasores aos dados dos clientes registrado no banco de dados do portal, finaliza

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