UE pode abandonar serviços de provedores de internet após escândalo de espionagem

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Depois de vir a público a existência do programa de espionagem Prism, da Agência Segurança Nacional (NSA) e do FBI (polícia federal americana), envolvendo diversas empresas de internet, a União Europeia considera abandonar o uso dos serviços das companhias americanas, segundo o jornal britânico The Guardian.

A vice-presidente da Comissão Europeia para assuntos digitais, Neelie Kroes, declarou que provedores de serviços em nuvem podem sofrer perdas significativas de negócios caso os clientes temam que a segurança de seus dados esteja ameaçada. "Se as empresas ou governos acham que estão sendo espionados, terão menos motivos para confiar no uso de serviços na nuvem, e serão os provedores que sofrerão perdas. Por que você iria pagar alguém para manter seus segredos comerciais ou outros dados, se você suspeita ou sabe que eles estão sendo compartilhados contra a sua vontade?", indagou Neelie, alertando que as perdas maiores serão dos fornecedores americanos, que na maioria das vezes oferecem serviços na nuvem.

Está em andamento uma investigação sobre violações de dados da União Europeia e da inteligência dos Estados Unidos, além das práticas de espionagem. Ainda segundo o diário britânico, os órgãos ainda não chegaram a um acordo sobre como proceder a respeito do programa de espionagem Prism e de outros tradicionais programas de vigilância por meio dos quais as agências norte-americanas utilizam escutas de escritórios e embaixadas da União Europeia e de vários estados-membro. Uma decisão sobre essas questões é esperada para a próxima segunda-feira, 8.

A situação se agrava após recente vazamento de informações que acusavam a participação de nove empresas de intenet, entre elas Microsoft, Yahoo, Facebook, Skype, YouTube, Apple, PalTalk, AOL, e Google, nos programas de espionagem do FBI e da NSA, fornecendo acesso livre a extração de conversas de áudio e vídeo, fotografias, e-mails, documentos e registros de conexão. Contudo, as companhias brigam para provar inocência quanto às suspeitas.

Ainda assim, as pressões aumentaram na União Europeia quando a organização não governamental europe-v-facebook.org (Europa versus Facebook), formada por grupos de estudantes, apresentou denúncias à Comissão Europeia contra o Facebook, Apple, Microsoft, Skype e Yahoo por cooperarem com o Prism, exigindo pena pela transferência em massa de dados de usuários ao governo americano.

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