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Investimento em startups europeias recua US$ 1,5 bi puxado por incertezas com ‘Brexit’

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O investimento de risco em startups europeias de tecnologia teve queda de US$ 1,5 bilhão no segundo trimestre, recuando de US$ 4,3 bilhões em igual período de 2015 para US$ 2,8 bilhões entre abril e junho deste ano, de acordo com dados preliminares divulgados pela empresa de pesquisa Pitchbook.

O que mais chama atenção no estudo é que, apesar do plebiscito ter decidido pela saída da Grã Bretanha da União Europeia (UE), conhecida como “Brexit” — fusão dos termos “british” e “exit” —, as startups Reino Unido foram, de longe, as que mais receberam financiamento de risco na Europa no trimestre, abocanhando US$ 994 milhões no total. E esta é a razão da preocupação de grande parte dos executivos de tecnologia de Londres, que acredita que a saída do país da UE poderá comprometer o futuro das startups do Reino Unido. Atualmente, Londres abriga mais de quatro em cada dez de startups na Europa.

Apesar de ainda ser muito prematuro saber quais serão os reais efeitos da Brexit na economia britânica de modo geral, o estudo avalia que as incertezas geradas pelo plebiscito inibiram os investimentos em startups. A tendência é que isso se acentue, pois os dados da Pitchbook mostram que, embora os investimentos de risco no mundo tenham crescido 20% no segundo trimestre, para US$ 40 bilhões, o número de empresas que receberam investimentos de capital de risco caiu 47% em todas as regiões.

A razão disso, segundo a consultoria, é que os fundos de capital de risco preferiram concentrar seus aportes em grandes startups como o Uber, que obteve recentemente uma rodada de investimentos de US$ 3,5 bilhões de um fundo soberano da Arábia Saudita, e o seu rival chinês Didi Chuxing, que recebeu US$ 4,5 bilhões de investidores, incluindo Apple.

Já em relação aos financiamentos de investidores anjo ou de capital semente houve uma queda significativa no mundo todo, recuando de US$ 4 bilhões no segundo trimestre de 2015 para US$ 2 bilhões no mesmo período deste ano. Nos EUA, por exemplo, o investinento de risco ficou em US$ 21 bilhões, enquanto o financiamento de investidores anjo e de capital semente em empresas nascentes, em fase inicial, caiu. A exceção para esses tipos de financiamento foi justamente o Reino Unido, que registrou um ligeiro crescimento de US$ 351 milhões no segundo trimestre de 2015 para US$ 398 milhões no mesmo período deste ano.

O estudo avalia que, no longo prazo, as empresas de tecnologia europeia serão robustas, mas a tendência é que as startups deixem a Grã Bretanha, especialmene Londres, devido às dúvidas sobre o acesso ao capital, às incertezas políticas e à dificuldade de absorção de talentos.

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