As empresas que no dia 26 de julho protocolaram uma ação na Comissão de Investigação Europeia acusando a IBM de plágio decidiram desistir de prosseguir com o processo. O órgão, entretanto, ainda tem poder de pressionar a gigante norte-americana.
As empresas alegavam que a IBM "amarrou" seu hardware a seu sistema operacional ilegalmente, obrigando seus clientes a usarem apenas seus produtos sem nenhuma possibilidade de escolha alternativa. O episódio levantou casos anteriores nos quais a IBM havia sido acusada de formação de truste em algumas de suas atividades mais lucrativas, devido ao alto investimento em longo prazo de governos e grandes empresas que contrataram seu sistema.
Na ocasião, a IBM respondeu às alegações dizendo que elas haviam sido propagadas pela "Microsoft", em uma ácida referência aos investimentos feitos pela fabricante de software na TurboHercules e na T3 Technologies, ambas fabricantes de softwares, autoras do processo na Comissão de Investigação Europeia.
A Neon Enterprise Software, outra fabricante que havia entrado com uma ação similar em um órgão regulador dos Estados Unidos, também decidiu abandonar o processo devido à derrota em outro caso contra a IBM em um tribunal do país.
Embora a comissão do órgão europeu em Bruxelas não tenha tido muito progresso nas investigações até a desistência das empresas, um processo semelhante ainda corre paralelo no Departamento de Justiça dos Estados Unidos, segundo fontes ouvidas pelo Financial Times.
A Comissão Europeia encarregada das investigações não quis comentar o caso.
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