Segundo o presidente da Brasscom, Antonio Carlos do Rego Gil, o Brasil tem condições de oferecer offshoring para outros países além dos Estados Unidos, como o Japão. ?Os japoneses têm demonstrado interesse em nossos serviços, principalmente o de exportação de software para o setor financeiro. O país é extremamente voltado para estes serviços, acredito que esse seja um mercado promissor para nós nos próximos anos?.
O presidente da Brasscom adiantou que, por enquanto, as iniciativas continuam voltadas para os mercados americano e europeu, principalmente Reino Unido e Alemanha. Um estudo encomendado pela entidade à empresa de consultoria AT Karney, em fevereiro deste ano, aponta essas regiões como promissoras para comprar serviços financeiros.
Gil esteve presente no seminário de Outsourcing de TI, parceria realizada entre Brasscom e Britcham. O objetivo é gerar discussões e resultados para a área de TI no âmbito do JETCO (Comitê Econômico de Comércio Conjunto Brasil-Reino Unido). Ele destacou que a colaboração do governo brasileiro em estreitar relações internacionais com o governo britânico tem contribuído com as exportações. ?Mas é preciso vender mais o setor de TI. Por isso, estou tentando marcar uma reunião com o Presidente Lula para apresentar as oportunidades que temos?.
Concorência
Luiz Sanches, CIO da BT América Latina e membro do Britcham, pontua que além da Índia e China, o Brasil precisa concorrer com o Leste Europeu, principalmente a Rússia. Para ele as mesmas questões que dificultam o estabelecimento do Brasil no mercado de outsourcing também atravancam o offshoring: língua, oneração trabalhista e custo da mão-de-obra qualificada. A novidade é que a mídia foi incluída no embargo. "Tudo de ruim que falam do nosso país e é veiculado lá fora impacta diretamente em nossos negócios".
De acordo com dados da Brasscom, o mercado mundial de serviços de TI movimentou US$ 40 bilhões no ano passado, sendo que 70% (US$ 28 bilhões) ficou concentrado com os indianos…