Vendas do setor eletroeletrônico mantêm trajetória de alta em agosto

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Apesar das áreas de componentes elétricos e eletrônicos e de utilidades domésticas ainda estarem com desempenho aquém do verificado no ano passado, os negócios do setor eletroeletrônico continuaram a trajetória de crescimento no mês de agosto, segundo sondagem feita pela Associação Brasileira da Indústria Eletroeletrônica (Abinee).

Em relação às pesquisas anteriores a conjuntura não apresentou muitas mudanças. Praticamente todos os setores ¬– de material elétrico de instalação a automação industrial e equipamentos industriais – tiveram boa sinalização no período.

Como nos meses anteriores, o mercado de telecomunicações continuou aquecido em função dos investimentos em infra-estrutura para a implantação da tecnologia 3G e de banda larga para acesso à internet. A portabilidade numérica [que permite a mudança de operadora móvel ou fixa, com a manutenção do mesmo número do telefone] poderá contribuir para o aumento da demanda de equipamentos e software das operadoras.

Também permaneceu aquecido o mercado de telefones celulares, motivado, principalmente, pela troca de aparelhos. Estima-se que a produção de celulares atinja 81 milhões de unidades no ano, o que, se confirmado, representará um crescimento de 19% em relação a 2007 – 68 milhões de unidades.

As vendas de bens de informática também se mantiveram em alta, sustentadas pelos negócios com os notebooks. Para o fim ano, a previsão é que o mercado de PCs atinja 13 milhões de unidades, com incremento de 30% em relação ao ano anterior, com um acréscimo nas vendas dos notebooks de 185%, que compensarão a queda de 6% dos desktops.

A Abinee diz que as expectativas são otimistas em relação ao desempenho do setor eletroeletrônico para os próximos meses, apesar da preocupação das empresas quanto à elevação da taxa de juros, o aumento do custo do crédito ao consumidor, o aumento do custo de matérias-primas e a valorização do real em relação ao dólar. Por isso, o setor mantém a projeção de atingir o faturamento de R$ 124 bilhões neste ano, o que representa um crescimento de 11% em relação ao ano passado.

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