O consumo de computadores pessoais durante a pandemia de covid-19

0

A disseminação do novo coronavírus impactou hábitos em todo o mundo, inclusive a forma como as pessoas usam tecnologia. Dispositivos eletrônicos conectados à internet estão desempenhando um papel ainda mais crucial ao manter a sociedade funcional neste período incomum, marcado por quarentena e distanciamento social.

A forma como atualmente interagimos e trabalhamos, estudamos ou nos entretemos mudou repentinamente. A nova realidade fomentou a prática, até então menos habitual, do home office e homeschooling. A maior parte das empresas viabilizou atividades remotas desde o início da pandemia de covid-19. No mesmo período, aproximadamente 32 milhões de alunos matriculados na educação básica e superior no Brasil tiveram aulas a distância.

Como efeito, este cenário voltou a colocar no centro do portfólio de tecnologia uma ferramenta indispensável para a experiência dos consumidores no ambiente on-line: o computador. As medidas de isolamento social fizeram as pessoas centralizarem atividades em casa e precisarem ainda mais desses dispositivos. O movimento aponta uma mudança no comportamento de consumo ao revelar o uso individualizado do equipamento. Significa que, em vez de haver um PC por residência, observamos o fenômeno de um PC por pessoa. O PC, "Personal Computer", voltou a ser pessoal.

Esta nova dinâmica, constatada no mundo todo, aumentou a demanda e fez com que as vendas, principalmente de notebooks no segmento varejista, surpreendessem o mercado. No Brasil, o crescimento foi significativamente maior, principalmente em maio e junho, quando comparado com o mesmo período do ano passado.

As famílias, diante de simultâneas e diferentes funções, estão ampliando o número de computadores, principalmente para estudar e trabalhar. Pesquisa realizada em junho deste ano com consumidores da marca Positivo demonstra as principais finalidades de uso. Cerca de 48% dos entrevistados utilizam PC para estudar e 36% para trabalhar.

Outro fator que também favorece o crescimento atual da demanda é a necessidade de renovação dos equipamentos e configurações específicas. Com o aumento da utilização, ao precisar de produtividade mínima em casa, a troca do computador usado pelo novo se tornou comum. Certamente muitos tentaram o funcionamento de dispositivos antigos e notaram que não serviam mais. Cerca de 23 milhões de computadores no Brasil têm mais de três anos de uso. A condição prioritária é que o equipamento ofereça em casa a experiência de um escritório ou sala de aula, além de favorecer o processo criativo e a recreação. Atributos, aliás, presentes nos modelos mais recentes de notebooks Positivo, Vaio e 2 A.M., nossa marca para jogos.

A grande discussão atual é sobre a forma de uso do computador no período pós-pandemia. Será que a tendência de o computador ter se tornado pessoal novamente permanecerá? A prática de trabalho remoto tanto no modelo híbrido quanto integral tende a continuar, apesar de dúvidas com relação à escala. Paralelamente, a educação por meio digital parece que manterá a trajetória de consolidação. Variará entre os níveis de ensino, mas em proporções por enquanto desconhecidas. Nossa visão é que o tamanho do mercado aumentará, mesmo que não se saiba quanto, em decorrência dessas mudanças sociais. Some-se isto a ainda baixa penetração de computador nas residências das chamadas classes C, D e E em nosso país.

Mesmo diante desta conjuntura, é inegável também a profusão de desafios para fabricantes de computadores. Dentre as adversidades, estão o desafio do crescimento econômico, nível de renda e emprego, confiança do consumidor e variação cambial.

Apesar dos grandes desafios, o desempenho do mercado de PC ganha uma aliada promissora: a tendência de atribuir novo significado ao uso do equipamento em casa. Nesta nova jornada de notebooks e desktops, os modelos se tornam cada vez mais pessoais e providos de características para satisfazer demandas específicas em home office, homeschooling e home entertainment. Os resultados são dispositivos com maior eficiência, segurança e inovação, além de consumidores cada vez mais conectados e inseridos digitalmente.

Hélio Bruck Rotenberg, presidente da Positivo Tecnologia.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.